No dia 31 de dezembro último, o governo francês assinou um decreto anunciando que o pianista Nélson Freire será condecorado como Cavaleiro da Legião da Honra na França. Para se ter uma idéia da importância desta homenagem, basta ver que ela só é concedida a quem, comprovadamente, tenha desempenhado atividades classificadas como de “mérito excepcional” por pelo menos duas décadas. O vídeo abaixo é extraído de um documentário de João Moreira Salles sobre Nélson Freire. Nele, vê-se a sua obstinada luta para superar um “trecho difícil” do Segundo Concerto para Piano de Brahms:
(fonte: folha.uol)
15 janeiro 2011
14 janeiro 2011
Scott Joplin - Heliotrope Bouquet, ragtime piano solo
O vídeo abaixo é mais um exemplo de visualização musical obtido com o programa Musanim, desenvolvido por Stephen Malinowski. Dessa vez, escolheu-se uma obra de Scott Joplin - Heliotrope Bouquet. Neste site, você encontrará a partitura e outros dados sobre essa obra e seu compositor.
(veja também: Free Sheet Music Download - DOWNLOAD GRATUITO DE PARTITURAS, uma extensa coleção de links para downloads de partituras gratuitas na Internet)
Robin Schlotz canta A Rainha da Noite
A Rainha da Noite é uma ária tão difícil quanto arrebatadora. Já a mostrei aqui num outro post sobre a cantora Diana Damrau. No post de hoje, mostrarei a vocês mais uma interpretação da mesma ária. Não, não se trata de nenhuma performance inesquecível - muito menos algo que ponha em risco a supremacia daquela fabulosa soprano alemã. Mas acho que vocês concordarão comigo: o vídeo abaixo é digno de ser assistido. Robin Schlotz tinha quatorze anos por ocasião de sua gravação. Aos dezoito (quatro anos depois, portanto), já não deve ter mais a mesma voz, mas o registro dela, feito numa de suas apresentações como solista da Tölzer Knabenchor, esse ficará para sempre.
Maestro morre durante Marcha Fúnebre
O maestro francês Jean-Marc Cochereau morreu esta segunda-feira, dia 10 de janeiro, aos 61 anos, durante os ensaios para uma apresentação da orquestra sinfônica de Orléans. Ele sofreu uma parada cardíaca durante a execução do segundo movimento (denominado Marcha Fúnebre) da Sinfonia Eroica, de Beethoven.
Mais informações: (Le Figaro)
11 janeiro 2011
Diana Damrau - A Rainha da Noite
A ária “Der Hölle Rache” costuma ser o ponto alto de qualquer apresentação de A Flauta Mágica, de Mozart. Na única vez em que a assisti ao vivo, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, não foi diferente: a “Rainha da Noite” foi a mais aplaudida. Mas eu estou com Aaron Green: eu nunca havia visto uma interpretação como a do vídeo abaixo. Foi através de um artigo seu que tomei conhecimento desta extraordinária artista. Apreciem a sua apresentação (se quiserem, acompanhem a letra abaixo), mas assistam, também, ao segundo vídeo: ao que parece, alguém da gravadora para a qual Diana gravou esta ária pressentiu que a própria sessão de gravação poderia ser um show à parte – e estava certo.
Texto no original em alemão:
Der Hölle Rache kocht in meinem Herzen,
Tod und Verzweiflung flammet um mich her!
Fühlt nicht durch dich Sarastro Todesschmerzen,
So bist du meine Tochter nimmermehr.
Verstossen sei auf ewig,
Verlassen sei auf ewig,
Zertrümmert sei'n auf ewig
Alle Bande der Natur
Wenn nicht durch dich Sarastro wird erblassen!
Hört, Rachegötter, hört der Mutter Schwur!
Tradução para o português:
A Vingança do inferno arde em meu coração;
Morte e desespero queimam em torno de mim!
Se Sarastro não sentir as dores da morte por suas mãos,
Então nunca mais você será minha filha.
Renegada para sempre,
Abandonada para sempre,
Deixados serão para sempre
Todos os nossos vínculos naturais
Se Sarastro não for morto por você!
Ouvi, deuses da vingança, ouvi o juramento de uma mãe!
(fonte: wikipedia)
10 janeiro 2011
Cecilia Bartoli
Resolvi falar desta mezzo-soprano italiana porque o seu álbum “Sacrificium” é um dos indicados para o Grammy de Melhor Álbum Clássico de 2011. O título desse álbum é uma referência direta a um dos capítulos mais lamentáveis da história da música ocidental: em meados do século XVIII, cerca de 4000 meninos eram castrados todos os anos na Itália, só para que conservassem o registro de soprano mesmo depois de se tornarem adultos. Eram os famosos “castrati”. A combinação de cordas vocais delicadas com caixas toráxicas avantajadas num mesmo corpo sempre produziu timbres vocais muito apreciados pelas platéias. Bartoli, nesse CD, nos apresenta uma bela seleção das árias que fizeram parte do repertório de grandes “castrati” daquela época, compostas por grandes nomes como Handel, por exemplo. O primeiro dos três vídeos abaixo contem trechos desse álbum, além de uma entrevista com a cantora.
Mas eu queria mesmo era falar de Bartoli. Ela se destaca menos pelo timbre de sua voz do que pela técnica apuradíssima. Poucas pessoas neste mundo são (ou foram) capazes de produzir coloraturas tão límpidas como as que se ouve, por exemplo, nos dois últimos vídeos abaixo: no primeiro, ela canta uma das árias mais difíceis do século XVIII – Al tuo seo Fortunateo, da ópera Orfeu e Eurídice, de Haydn (composta em 1791); no outro, a vemos em ação na ária “Non piu mesta”, da ópera La Cenerentola, de Rossini.
Assinar:
Postagens (Atom)