06 junho 2009

ROLAND FANTOM G (Parte 5)




Pads e Sequenciador

A quantidade de funções desempenhadas pelos 16 botões luminosos do Dynamic Pad é muito maior agora do que na época da Fantom X. Além de continuarem atuando como disparadores dinâmicos, ao estilo MPC, de sons rítmicos, samples e sequências pré-programadas de MIDI, eles agora funcionam também como chaves com que se pode silenciar partes e trilhas de uma sequência, acessar rapidamente os sons favoritos, e assim por diante. Uma de suas funções mais úteis é o “Numeric Mode”, no qual 10 dos 16 botões passam a servir como teclado numérico – o que é essencial para agilizar o acesso a patches do final da lista, como, por exemplo, o patch de número 1572!

Quando se usa a Roland Fantom G Workstation como teclado master no modo single patch, os 16 botões podem funcionar como chaves liga/desliga dos 16 canais de transmissão MIDI (obs: este produto não oferece um parâmetro global para “MIDI transmit channel select”, uma omissão que me parece, no mínimo, muito estranha). Com isto, pode-se transmitir dados em diversos canais MIDI simultaneamente, mas eu não recomendo que se toque uma nota isolada em cada um dos 16 canais, porque isso gera 16 comandos separados de Note-On trafegando pelo cabo MIDI um após o outro, com consequências negativas para a temporização e para o dispositivo receptor de MIDI. É mil vezes preferível sequenciar as partes num canal MIDI único, e então copiá-las para outras trilhas MIDI dentro de seu sequenciador.

Por muitos e muitos anos, eu utilizei um sequenciador por hardware MC500, da Roland, e sempre achei satisfatória a sua resolução temporal de 96 pulsos-por-quarto-de-nota, por isso me sinto plenamente atendido, neste quesito, com o sequenciador da Fantom G, que grava com 480 ppqn. Com 120 bpm, por exemplo, temos uma resolução temporal de cerca de um milissegundo, o que é suficientemente preciso para os casos mais exigentes (e, definitivamente, rápido o bastante para o jazz). O sequenciador destas Fantom G pode trabalhar com até 128 trilhas MIDI e 24 trilhas de áudio, o que, sem dúvida, atende às demandas da maioria dos projetos. No caso de serem necessárias mais trilhas, sempre se poderá liberar mais espaço fundindo algumas das trilhas MIDI e/ou rebatendo uns poucos arquivos de áudio (entretando, se sentir que vai exceder a capacidade máxima do sequencer, que é de um milhão de notas, eu sugiro que você reflita um pouco mais sobre a sua composição...). Mas a única facilidade de que eu realmente senti falta no sequenciador foi uma função de track solo.

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05 junho 2009

ROLAND FANTOM G (Parte 4)




Efeitos e Programação

Em todas as versões da Fantom, as conexões de áudio e MIDI estão no painel traseiro. Existem, também, conectores coaxiais S/PDIF (não aparecem na foto) e três portas USB, para mouse, cartão de memória e conexão com computador.

Os patches da Fantom G têm efeitos dedicados, de modo que, quando se trabalha com Live Set ou com Studio Set, os patches soam exatamente como se estivessem no modo single. Trata-se de um grande avanço em relação a outras workstations (incluindo, aí, os modelos Fantom anteriores). Entre os 78 efeitos disponíveis podemos citar o auto-wah, o reverse delay, o lo-fi radio e simulações de telefones, além dos efeitos 3D Roland Sound Space e do divertido “step filter”, que possibilita a criação de ritmos a partir de filtragem com modulação tempo-sync’ed. Tudo soa muito bem, mas o master reverb me roubou a atenção por sua elegância e rica sonoridade.

É importante encontrar o som certo para cada parte, mas mesmo o mais persistente dos desbravadores de sons pode acabar se cansando quando forçado a peregrinar por centenas de patches. Mas o diretório de patches da Fantom G é tão amigável que me ajudou a preservar minha sanidade mental enquanto ouvia toda a sua lista de 1664 patches já instalados de fábrica; ele divide essa lista em 39 categorias, limitando o número de linhas exibidas na tela a algo em torno de 40. Mantendo a tecla “shift” pressionada, a velocidade de rolamento aumenta em dez vezes, facilitando ainda mais a navegação.

Graças à minha eterna mania de procurar defeitos, e à minha atração obsessiva por programação (o que às vezes eu procuro omitir de meu CV), acabei encontrando alguns patches e Live Sets que, penso eu, poderiam ter sido mais bem implementados. Felizmente, as funções de programação da Fantom G são bastante poderosas e oferecem inúmeras opções para montagem de sons ao nível de patch. Acrescente-se a isso a gigantesca lista de formas-de-onda e o excelente menu de efeitos, e temos, então, um punhado de facilidades capazes de agradar até mesmo os mais detalhistas.

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04 junho 2009

ROLAND FANTOM G (Parte 3)




Os Sons da Fantom G

Entre os sons maravilhosos que eu encontrei neste teclado estão os excelentes pianos elétricos Rhodes, as guitarras com cordas de nylon, os baixos, o lead com distorção e as guitarras rítmicas, além de alguns samples bastante espirituosos de jazz scat vocal-group e uma ampla gama de synth pads e baixos. Encontrei, também, muitos patches legais de piano acústico com três tipos de dinâmica, soando decentemente e muito bem multi-sampleados. Embora os pianos acústicos sejam ótimos para o rock, o pop e para a dance music (mas o que estou dizendo? – qualquer piano sampleado é bom para dance music!), os pianistas clássicos e de jazz dificilmente os aceitarão como substitutos satisfatórios para os instrumentos reais, especialmente num estúdio. São bastante adequados, entretanto, para pequenos recitais, ou para quando se quer praticar ou compor noite adentro.

Apesar da abundância de bons patches na seção de cordas, os samples de cordas orquestrais não exibem a mesma exuberância dos que Peter Siedlaczek preparou, ano passado, para a placa de expansão de sons orquestrais das séries JV, da Roland. Os naipes de metais são razoavelmente potentes, e os das madeiras (algumas das quais eu creio já ter visto nas antigas bibliotecas em CD-ROM da Roland) são apenas aceitáveis, longe de poderem competir em realismo com os das coleções especializadas em sons orquestrais. Uma lista exaustiva de rock convencional, pop, dance e percussão para jazz incluem alguns efeitos de percussão eletrônica incomuns e bastante quentes. Eu gostei muito do tabla set, mas senti falta de um pouco mais de percussão étnica.

Os teclados vintage oferecidos pela Fantom G (piano elétrico Wurlitzer e Hohner Clavinet) são muito bons, e os samples de órgão de tubos são soberbos. Já os patches Hammond formam um grupo pouco coeso – embora suficientemente realísticos, muitos apresentam drawbars em demasia, vibrato excessivo e o obrigatório Leslie em rotação máxima, resultando num som de gosto duvidoso. Eu preferiria os registros mais planos, mais comportados do Hammond, aqueles que usam menos drawbars e pouco ou nenhum vibrato - somente uns poucos dos que foram incluídos são assim. Com o que acabo de dizer, estou certo de que um monte de músicos deve estar achando que se deve demonizar os tradicionais patches Hammond dos anos 60, mais cortantes e estridentes (pense em Santana ou em “Smoke On The Water”). Em todo caso, é bom saber que este produto oferece samples de um Hammond/Leslie reais gravados tanto em baixa como em alta rotação. Mas um verdadeiro Leslie sempre soará melhor que um com a rotação emulada digitalmente num alto-falante.

Foram disponibilizados apenas dois slots de expansão. As notícias potencialmente ruins para os que possuem teclados Roland mais antigos é que toda aquela série de placas de expansão não é compatível com este modelo mais recente; a companhia, agora, tem investido na nova linha ARX que, no momento, oferece somente duas placas (ARX01 Drums e ARX02 Electric Pianos). Torçamos para que venham mais, começando por uma coleção “best-of-orchestral”!

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03 junho 2009

ROLAND FANTOM G (Parte 2)




Modos de Execução

Todo o som produzido pela Fantom G vem de seus 256MB de amostras de formas-de-onda. Ao duplicar o tamanho da ROM em relação à de seu predecessor, a Roland deu ao Fantom G melhores condições para competir com algumas das excelentes bibliotecas de samples existentes no mercado, ainda que a maioria delas já esteja, hoje em dia, com tamanhos no patamar dos multi-gigabytes (a propósito, quando será que os fabricantes de teclados se darão conta de que devem começar a instalar discos rígidos de alta capacidade em seus produtos?).

Embora a maioria esmagadora das formas-de-onda disponíveis sejam mono, há multisamples estéreo de pianos acústicos, de órgãos Hammond com Leslie, harpsichord, octave pop brass, orchestral strings e brass unisons, além de seções de cordas, de violinos, de cellos, jazz vocals, kicks e snares. Os samples estéreo aparecem na waveform list como entidades separadas, sob os títulos “-L” e “-R”. Pode-se carregar rapidamente ambas, selecionando-se a forma-de-onda do canal esquerdo e, então, pressionando-se o botão “Set Stereo”, que vai automaticamente acrescentar os samples apropriados ao canal direito e administrar corretamente a mistura resultante. Tudo perfeito. A maior parte dos sons de pianos acústicos e elétricos foram sampleados com três dinâmicas diferentes. Estas três camadas são oferecidas como formas-de-onda separadas com as quais se pode criar novos velocity splits. Um patch Fantom G (que é o bloco básico para a construção de sons mais complexos) pode englobar quatro formas-de-onda estéreo, que, por sua vez, podem ser velocity-switched, layered ou keyboard split – um ótimo ponto de partida para os que pretendem programar os seus próprios sons.

Muitas das formas-de-onda são apresentadas em versões alternativas “A”, “B” e “C”; algumas dessas variantes soam muito parecidas entre si, porém, com um pouco mais de atenção, é possível perceber que há diferenças de tonalidade entre elas (resultantes, possivelmente, de diferentes posicionamentos dos microfones e/ou de equalização) e mapas de samples alternativos. Surpreendentemente, cada forma-de-onda de piano estéreo tem a sua versão mono, o que, para mim, representa um desperdício de espaço na ROM (uma explicação para isso talvez seja que esses dados em mono existam para contornar problemas de fase que podem surgir quando os samples estéreo são forçados a se misturar num único canal mono). A quantidade de formas-de-onda disponibilizadas pela Fantom G (são 2230) impressiona, e por isso fica difícil de dizer que a Roland estaria oferecendo poucas opções a seus usuários, mas alguns podem achar, mesmo assim, que ela talvez tivesse agido melhor se tivesse sacrificado essas sutis variações de tonalidade em proveito de um número ainda maior de samples estéreo.

Na hierarquia das workstations Fantom G, o degrau seguinte ao do single patch é o do “Live Set”, uma configuração multi-tímbrica contendo até oito patches, cada um podendo ser configurado para um dos canais MIDI (obs: o modo “Omni” não é permitido). O “Live Set” também tem 16 slots “externos”, correspondendo aos canais MIDI de 1 a 16, aos quais se pode enviar sinais de “program change” e configurações de volume/pan. Quando uma “Live Set” está selecionada, estas configurações são transmitidas, através da interface MIDI, para os módulos de som externos, o que faz da Fantom G um teclado master ideal. Com 16 slots de som multi-tímbrico, o “Studio Set” representa o mais alto nível de produção sonora e é projetado para uso em conjunto com o sequenciador.

Um inconveniente menor que eu observei é que, quando se alterna de um single patch para o live mode e, depois, de volta para o single patch, o teclado acaba selecionando automaticamente o primeiro preset patch. Será que os projetistas da Roland terão corrigido este problema num próximo upgrade? Um recurso novo que eu considero realmente importante é que, quando se muda de patch durante uma performance, o som não é afetado, ou seja, não há nenhum ruído nem queda momentânea no volume – o som permanece perfeitamente suave e musical, com seus decays e reverbs intactos. Por muitos anos, esperei que alguém conseguisse resolver esta questão, e eu saúdo a Roland por tê-lo feito.

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Abaixo, um vídeo demonstrativo desta workstation:






02 junho 2009

ROLAND FANTOM G (Parte 1)




Nos próximos dias, falarei sobre a linha G de workstations FANTOM, da ROLAND.

Fantom workstation, da Roland, chega à sua quarta geração com a linha “G”.
(Vejamos, então, o que este bisneto da família Fantom tem a nos oferecer...)

Uma workstation é o canivete suíço sonoro de todo músico moderno: pode-se tocá-lo numa apresentação, e depois levá-lo para casa para produzir uma canção pop, uma dance music ou mesmo uma trilha sonora para a TV. As primeiras workstations (lideradas pelo legendário Korg M1) se parecem mais, hoje em dia, com meros sintetizadores envenenados pela adição de um sequencer, mas elas evoluíram, nos últimos 20 anos, para algo muito mais sofisticado do que isso, e não merecem mais ser tratadas apenas como teclados sofisticados, mas também como mini-estúdios completos, que oferecem gravação de áudio em múltiplas trilhas, sequenciamento MIDI, programação rítmica, multisampling, efeitos com qualidade de estúdio e controles para mixdown.

A Fantom G representa a quarta geração de workstations Fantom. A Roland lançou o seu primeiro Fantom, o FA76, em 2001. De lá para cá, ela o aperfeiçoou com novas especificações a cada novo modelo. Uma vez que boa parte da funcionalidade deste Fantom G foi herdada de seus antecessores, e que simplesmente não existe espaço aqui para falar de todos eles, disponibilizo (em um próximo post) um quadro intitulado “O Retorno do Fantom”, onde eu apresento uma visão geral desta família, além de links para avaliações feitas em edições passadas da SOS. A nova linha vem em três tamanhos: G6 (61 teclas), G7 (76 teclas) e G8 (88 teclas pesadas – imitando a ação das teclas de um piano acústico). Os três tamanhos têm o mesmo gerador de sons e as mesmas especificações, diferindo apenas no teclado, quanto ao número e tipo de ação das teclas. Cedendo aos meus instintos mais nobres, eu usei um G8 para esta análise.

Força “G”

Minha primeira impressão ao ligar o Fantom G8 foi a de que eu estava ligando um aparelho de televisão – de fato, por pouco não saí procurando pelo controle remoto para sintonizar em alguma partida de futebol. Sua tela LCD de 8,5 polegadas, com 800 x 480 pixels coloridos sobre fundo preto, é consideravelmente maior que as dos modelos anteriores da série Fantom, e uma das maiores que eu já vi para uma workstation. Considerando-se que uma tela assim precisa, quase sempre, exibir um monte de funções e parâmetros ao mesmo tempo, é legal que estejamos finalmente diante de uma tela grande o suficiente para mostrar tudo de forma legível, sem que tenhamos que nos valer de uma lupa.

Os oito controles deslizantes à esquerda da tela são uma outra inovação muito benvinda – elas executam diversas funções (entre as quais, a mais óbvia seria o ajuste dos níveis de mixagem), e são de manejo suave e preciso, assim como os cinco botões giratórios. Há, também, uma grande roda prateada, convenientemente circundada por um controle de cursor de quatro direções, que torna a navegação pelo menu mais fácil e intuitiva. Os tecladistas apreciarão estes controles elegantes e bem colocados, enquanto os que preferirem uma abordagem mais próxima da de um computador poderão, em vez de usar essa roda, conectar um mouse numa de suas duas portas USB e usá-lo para navegar pela tela e alterar configurações. No entanto, ainda será necessário usar os demais controles do painel frontal para acessar os diferentes modos de operação.

O editor de software do teclado permite que o usuário edite todos os parâmetros no seu próprio computador caseiro (obs: o gerador de sons não existe ainda como um plug-in separado). As transferências de áudio e de samples são feitas através de um dispositivo de memória USB, que, no entanto, deverá ser formatado para uso exclusivo com o Fantom. As conexões do painel traseiro incluem MIDI e uma ampla gama de entradas e saídas analógicas e digitais S/PDIF. Há, também, uma nova entrada combinando jack e XLR em um "tudo-em-um", com fonte fantasma opcional para microfones, uma chave high-Z e seu próprio mini-controle de nível de line input.

Depois de me afastar da sala por um instante, surpreendi-me, ao retornar, com o Fantom G8 exibindo um protetor de tela – no caso, um loop de animação em 3D. De fato, com uma tela colorida quase tão grande quanto a de um laptop, mais essa animação gráfica, as conexões USB e a interface para mouse, parece ser somente uma questão de tempo até que as workstations musicais se tornem compatíveis com a Internet. Quem sabe, em sua próxima geração, esses produtos não sigam o caminho trilhado pela companhia americana Open Labs e não se transformem em computadores completos, equipados, inclusive, com um keypad como alternativa ao teclado!

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01 junho 2009

ROLAND VP-770 VOCAL & ENSEMBLE KEYBOARD

Infinitas Possibilidades Vocais para os gêneros Pop, Worship, R&B, Hip Hop e Dance.

Hoje falarei sobre o VP-770 Vocal & Ensemble Keyboard, lançado recentemente pela Roland. Ele oferece novíssimos efeitos vocais e sons orquestrais de alta qualidade, baseados em sua exclusiva tecnologia SuperNATURAL™.



Sobre o seu visual, chamo a atenção para a combinação de metal e madeira maciça usada em seu gabinete. A sua interface é bastante avançada, e os sons onboard são bastante expressivos, ideais para um grande número de gêneros musicais. Ele vem com um microfone de alta-qualidade, do tipo headset, que serve para transmitir a voz do músico ao teclado. Um bom pré-amplificador onboard garante a qualidade dessa transmissão.

O VP-770 é ideal tanto para músicos que tocam sozinhos como para os que tocam em pequenos grupos, e também para aqueles que necessitam de um backing chorus interativo, em tempo real. Compositores de música para filmes e para TV, em especial aqueles que sofrem com os prazos de entrega, quase sempre muito apertados, terão a produtividade aumentada com o VP-770, podendo gerar arranjos vocais, de cordas e de metais altamente impactantes. As igrejas que precisam de um coral (ou as que já tem um coral mas gostariam de aumentá-lo “artificialmente”) também serão grandemente beneficiadas com este produto.

O VP-770 também vem equipado com modelagem vocoder de alta-resolução, que pode ser usada para gerar efeitos vocais bastante originais, ótimos para dance music, pop, R&B e hip-hop, e sem os transtornos e despesas envolvidas com o uso de um vocoder ou processador separados.

Estas são mais algumas fotos do produto (clique nelas para vê-las aumentadas):




Há, também, dois vídeos bastante interessantes em que se pode ter uma idéia mais concreta de tudo o que disse acima. Divirtam-se.








31 maio 2009

Kurzweil SP88 Stage Piano




O Kurzweil SP88 é apenas um dos modelos da nova série de pianos de palco da Kurzweil. Enquanto o modelo em foco neste artigo tem 88 teclas semi-pesadas, há versões deste mesmo teclado com 76 teclas semi-pesadas e com 88 teclas pesadas. O SP88 tem todas as características usuais de um piano de palco, ou seja, portabilidade, um estojo para transporte, e um conjunto de vozes limitado às que são frequentemente usadas em performances.

Ele não possui um amplificador embutido, já que o seu projeto prevê o uso em palco, com amplificadores externos. Quanto às vozes pré-gravadas, há 32 delas, o que, na verdade, é mais que o suficiente para um piano desse tipo.

Dessas 32 vozes, 6 contêm sons de pianos reais, que muitos experts relatam como sendo de excepcional realismo. Um cliente questionou o fato de não se poder editar as vozes, mas admitiu, ao menos, que as que estão disponíveis já seriam um bom começo. A única crítica negativa com relação a essas vozes sugeria que os seus sons, embora perfeitos para pianos elétricos, cordas e harpas, eram um tanto quanto brilhantes demais para um piano acústico de cauda.

Isto é surpreendente, uma vez que a Kurzweil é famosa justamente por seus soberbos sons realísticos de pianos de cauda. No entanto, este é um detalhe que você deveria avaliar por conta própria antes de comprar um SP88, principalmente se você pretende usá-lo para performances de solo. Ou seja, o SP88 talvez seja mais indicado aos pianistas que procuram por um piano de palco mais simples e objetivo.

Tanto na aparência quanto na funcionalidade, ele é muito menos complicado que muitos de seus contemporâneos, e os controles, além de econômicos na quantidade, são intuitivos e fáceis de manejar. Embora o SP88 seja um teclado MIDI, inclusive com tomadas para MIDI In/Out, ele só é capaz de receber sinais em um único canal MIDI, e, portanto, não é multi-timbre.

Ele também oferece 9 efeitos pré-configurados, 8 tipos de reverberação e um chorus, além de polifonia de 32 notas. O SP88 custa por volta de $700, mas se você precisa economizar e está disposto a possuir um teclado menor e menos poderoso, pode adquirir o SP76, que está à venda por cerca de $600. Se você quer evoluir para um SP88X, com teclas pesadas, terá que pagar qualquer coisa na faixa de $900; é uma despesa extra, sim, mas que pode valer a pena se o que você quer é ter um instrumento que lhe faça sentir o toque e a sonoridade de um piano acústico de verdade.

O vídeo abaixo contem uma demonstração do Kurzweil SP88 Stage Piano: