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MUSIC
ANIMATION
MACHINE
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Ele é atribuído a um tal de Hattariyaro, e permaneceu vários dias na minha coluna de Vídeos (na parte direita desta página).
Quem viu deve ter achado interessantíssimas aquelas figurinhas que vão aparecendo no meio das músicas. Como entusiasta dos arquivos MID, resolvi fazer algo parecido. O resultado é SPIDERM.MID, uma música que mostra o nome deste blog (veja imagem abaixo).
Para visualizar a imagem acima, no entanto, você precisará também de um MIDI PLAYER especial: o MAM (Music Animation Machine). Ele serve para tocar MIDs enquanto exibe uma representação gráfica de suas notas.
Se quiser, você pode baixar somente o MANUAL.
DICAS
. Depois de baixado, o MAM não precisa ser instalado: basta descompactá-lo.
. Ao executar o programa, selecione a música que eu modifiquei (SPIDERM.MID) em FILE / OPEN, e depois selecione VIEW / DISPLAY TYPE / PIANO ROLL (MAM). A seguir, tecle na barra de espaço e, pronto, a música começará a tocar.
. Mas, atenção: eu só inclui esse único textinho que aparece logo no início – não perca seu tempo ouvindo toda a música achando que vão aparecer mais textos ou figuras.
. No MAM, o usuário pode optar entre outros tipos de representação gráfica. Hattariyaro escolheu, por exemplo, a “tonality compass + bars”.
Você gostaria de fazer o mesmo?
Primeiro, selecione uma música em formato MID e a carregue num sequenciador do tipo Cakewalk (como o Anvil Studio, que é gratuito).
Para melhor entendimento, estou mostrando, abaixo, a tela de um sequenciador MID já carregado com uma música qualquer. Nesta tela, há duas representações diferentes de um mesmo trecho dessa música: no quadro superior, o trecho está representado em um diagrama “piano roll”; no quadro inferior, ele está representado em notação musical (partitura):
O que eu fiz (e o que Hattaniyaro deve ter feito também) foi incluir notas no diagrama “piano roll” de modo que elas tivessem, não tanto um significado musical, mas um significado visual:
Não se preocupe com a partitura, pelo menos por enquanto. O único lugar onde se deve mexer é no diagrama “piano roll”.
Acredito que Hattariyaro tenha incluído todas as figuras da mesma forma que eu, ou seja, manualmente, uma nota de cada vez. Isso não é difícil, mas é trabalhoso. Além disso, é preciso que as notas combinem com a própria música que está sendo tocada (sem truques, do tipo notas mudas – que aparecem na figura, mas não têm função nenhuma na música).
Obs: Neste exato momento, passou pela minha cabeça uma idéia meio diferente: fazer (e disponibilizar gratuitamente) um programinha para facilitar este trabalho. Assim, qualquer pessoa, mesmo sem saber quase nada de Música, poderia inserir textos e imagens nos arquivos MID de sua preferência, escolhendo, inclusive, os pontos em que eles deveriam aparecer.
Se eu resolver, realmente, levar essa idéia adiante, darei notícias diárias, aqui, sobre o andamento deste projeto. Aceito sugestões.
Um pouco mais sobre o MAM
O idealizador do MAM chama-se Stephen Malinowski:
A idéia de associar sons com imagens não é nova. Disney, por exemplo, teve a idéia de sincronizar desenhos animados com peças clássicas em Fantasia. O efeito dessa junção é sinérgica: não só as cenas ganham em emoção, mas a própria música se torna mais inteligível.
Mas a idéia inicial de Malinowski era criar uma alternativa melhor que a notação musical tradicional, que, em sua opinião, era pouco explicativa. Ele mesmo tem preparado alguns vídeos em que demonstra o seu programa. Veja este:
A notação tradicional é eficaz quando se trata de nos informar o que faz cada instrumento durante a execução de uma sinfonia, mas nada nos diz sobre os contrapontos e harmonias resultantes, que ficam dispersas na partitura, como gotas de tinta num oceano. O MAM tenta unir as peças desse quebra-cabeças, desvendando, para nós, a influência que cada nota tem sobre as demais. Mas a sua principal virtude mesmo está em ser a melhor ferramenta que eu conheço para descortinar os mistérios das grandes obras. É realmente fascinante poder "assistir" à complexidade de uma sinfonia que nos habituamos a ouvir por tantos anos, ou o contrário, isto é, ouvir os “sons” que se revelam por trás das imagens que o programa nos exibe.
Tenho visto pessoas acharem que uma sinfonia (tal como a ouvem, executada por uma orquestra) é uma obra coletiva. Para elas, é como se Beethoven, por exemplo, fosse autor somente dos temas de suas sinfonias, cabendo aos músicos e ao maestro da orquestra não somente tocá-las, mas também preencher o resto, usando técnicas e fórmulas que eu nem me arrisco a conceber. Na minha opinião, o MAM ajuda estas pessoas a compreender melhor a realidade dos fatos. É bem possível que elas se espantem ao saber que a Nona Sinfonia não é uma obra coletiva, que cada nota que elas ouvem foi escrita por Beethoven mesmo, e por mais ninguém. Por mais que os músicos, e o próprio maestro, sejam profundos conhecedores de música, eles não estão fazendo nada além de TOCAR o que Beethoven escreveu (emprestando, é lógico, a técnica e a interpretação de que são capazes).
O MAM deixa tudo isto bem evidente na medida em que nos faz enxergar, por meio de um verdadeiro show visual, a estrutura interna das grandes composições. É como se a sincronia entre o que vemos e o que ouvimos estabelecesse uma ponte entre a Arte dos Sons e as Artes Plásticas. Passamos a aceitar, então, também para a Música, um conceito que, para nós, é perfeitamente natural no mundo das artes visuais: o de que uma obra de arte, por mais complexa que seja, pode ter somente um autor (que é, também, no caso da Pintura e da Escultura, o seu único executor).
Tudo o que disse acima pode ser óbvio para mim e para você, mas, acredite, há muita gente que vai a concertos sem a menor noção do verdadeiro motivo pelo qual Bach e Beethoven são considerados gênios da Humanidade. É aí que eu vejo a melhor contribuição que o MAM pode prestar à Música: fazer com que se entenda melhor não somente a grandiosidade de uma obra-prima, mas também o verdadeiro significado da palavra "compositor".
Um vídeo como este abaixo é perfeito para o ouvinte que quer ser introduzido ao Mundo da Polifonia:
O vídeo a seguir serve para convencer o ouvinte sobre a relação direta que há entre a complexidade do que ele vê com a do que ele ouve:
OUTROS VIDEOS RELACIONADOS AO MAM
Hattariyaro disponibiliza vários vídeos legais no CANAL DE HATTARIYARO.
RETRO GAME MEDLEY
No vídeo abaixo, Hattariyaro optou por uma sonoridade típica dos videogames antigos.
MIDI ANIMATION “CHRONO TRIGGER”
O vídeo a seguir dá uma idéia melhor (para os que não têm muito conhecimento sobre as possibilidades do MIDI) do tipo de sonoridade que se pode obter quando se tem os recursos apropriados (tudo depende da máquina):
CONCLUSÃO
Sou um entusiasta do padrão MIDI. Ele, que surgiu para facilitar a interligação de instrumentos musicais eletrônicos, sem querer nos fornece um caminho para a democratização da Música. Graças a ele, qualquer um, hoje em dia, pode fazer música de excelente qualidade. Qualquer um pode produzir, em casa, uma música orquestral, por exemplo, sem precisar do contato com uma orquestra de verdade. Futuramente, falarei sobre o que há de melhor em software e hardware para este padrão.
Obs: não deixe de visitar o SITE DO MUSIC ANIMATION MACHINE.
(veja também: Free Sheet Music Download - DOWNLOAD GRATUITO DE PARTITURAS, uma extensa coleção de links para downloads de partituras gratuitas na Internet)