16 maio 2011

Crise na OSB

Outro dia, saiu a seguinte notícia no ESTADÃO: MÚSICOS DEMITIDOS SE APRESENTAM E EMOCIONAM. Tratava-se do capítulo mais dramático de uma novela que já vinha se desenrolando há meses, mais conhecida como a “crise da OSB”. Fiquei, é claro, bastante triste com o seu recente desfecho. Triste mas não surpreso. O desfecho era previsível, embora (confesso) me restasse um fio de esperança. Nesse sentido, endosso as palavras de João Carlos Martins, em seu brilhante artigo A Corda da Esperança, e lamento que seu apelo à reflexão não tenha surtido o efeito desejado. De fato, no exato momento em que escrevo estas linhas, as posições de ambos os lados me parecem irreversíveis.



Não tenho ainda informações suficientes para fazer um juízo de valor, mas posso dizer que conheço bem essa história de avaliação de desempenho. Acho-a necessária, mas também perigosa, pois é o tipo da coisa que, se mal executada, resulta mais em prejuízo do que em benefício para um grupo.

Sinto-me bastante afetado por tudo isso, já que, para o bem da minha formação musical, tive o privilégio de assistir a dezenas de concertos da Sinfônica Brasileira no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Não é o fim da OSB, é claro. Na verdade, pode ser até um “recomeço” – e o futuro dirá se Roberto Minczuk está certo ou não.

Repercussão no exterior
Não quero, pelo menos por enquanto, tecer maiores considerações a respeito, mas não resisto à tentação de assinalar a repercussão (um tanto negativa, por parte principalmente dos músicos) que essa crise vem tendo no exterior. Cito como exemplo a série de artigos que Norman Lebrecht, articulista do Arts Journal, já publicou sobre essa celeuma.

Obs: Para melhor compreender tudo isso, é imprescindível que se leia também o Blog da OSB.




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