Já ouviram falar nele? Outro dia, assisti a um vídeo desse pianista (o da foto ao lado, em que aparece alguns anos mais jovem). Nele, Grayson fazia uma brincadeira divertidíssima: alguém da platéia lhe passava um pedaço de papel com o nome de uma música qualquer e o estilo em que ele deveria tocá-la. Grayson lia o papel, sentava-se ao piano, pensava um pouco e... começava a tocar, por exemplo, um “Girl of Ipanema” ao estilo de Beethoven. Divertidíssimo. Da platéia, choviam mais e mais sugestões, cada uma mais esdrúxula que a outra – do tipo “A Cavalgada das Valquírias no estilo de um tango”, ou “La Cucaracha ao estilo de Prokofiev”, e assim vai.
Isso pode parecer um tanto circense, mas Grayson é tão bom no que faz, e o faz com tanta facilidade, que nos incute um amor ainda maior pela Arte da Música. Quando assistimos a uma performance de Gould, de Rubinstein, de Pollini, ou de qualquer outro grande pianista, somos levados a crer que a musicalidade deles não vai muito além da capacidade de ler e memorizar extensas e complexas partituras, e de tocá-las com surpreendente desenvoltura. O que Grayson nos mostra é que o grande músico é muito mais do que isso. Ele é capaz de produzir não somente a música que está escrita, ou que ele memorizou, mas a que toca em seu cérebro naquele momento! Uma vez, falei de uma coisa chamada “ouvido interno”, algo que todo compositor acaba adquirindo com a experiência, e que explica o aparente milagre das obras que Beethoven compôs quando já estava completamente surdo. Pois junte-se essa capacidade de “compor internamente” uma música com a de materializá-la instantaneamente, e teremos um Mozart (já viram aquela famosa cena de “Amadeus” em que ele improvisa sobre um tema de Salieri?).
Abaixo, uma pequena lista de vídeos em que Grayson delicia o público com sua capacidade de parodiar qualquer música em qualquer estilo que lhe for solicitado:
E, se procurarem no YouTube, ainda encontrarão:
. Toque da Nokia (telefone celular) no estilo de uma galliard renascentista
. Singing in the Rain ao estilo de Wagner
. Tema dos Muppets no estilo de uma fuga de Bach
. A Cavalgada das Valquírias no estilo de um tango
. A Nona de Beethoven no estilo de um tango
. La Cucaracha ao estilo de Prokofiev
. A Garota de Ipanema ao estilo de Poulenc
. Take the A Train no estilo da Marcha Fúnebre de Chopin
. etc, etc, etc...
Mas Grayson é, também, compositor dos mais respeitados. Quando não está divertindo uma audiência (e a si próprio), direciona sua inventividade para obras originalíssimas. É o caso da música abaixo, que precisa ser ouvida e vista ao mesmo tempo:
E já que falei sobre paródias, deixe-me sair um pouquinho de Grayson para falar de um outro músico muito famoso: Dudley Moore. Na verdade, ele fez sua fama como comediante, mas é, também, pianista e compositor. No vídeo abaixo, Moore interpreta uma peça bem ao estilo das sonatas de Beethoven, mas usando um conhecido tema do filme "A Ponte Sobre o Rio Kwai". A diferença é que, neste caso, não se trata de improviso. Mas é muito engraçado assim mesmo:
Isso pode parecer um tanto circense, mas Grayson é tão bom no que faz, e o faz com tanta facilidade, que nos incute um amor ainda maior pela Arte da Música. Quando assistimos a uma performance de Gould, de Rubinstein, de Pollini, ou de qualquer outro grande pianista, somos levados a crer que a musicalidade deles não vai muito além da capacidade de ler e memorizar extensas e complexas partituras, e de tocá-las com surpreendente desenvoltura. O que Grayson nos mostra é que o grande músico é muito mais do que isso. Ele é capaz de produzir não somente a música que está escrita, ou que ele memorizou, mas a que toca em seu cérebro naquele momento! Uma vez, falei de uma coisa chamada “ouvido interno”, algo que todo compositor acaba adquirindo com a experiência, e que explica o aparente milagre das obras que Beethoven compôs quando já estava completamente surdo. Pois junte-se essa capacidade de “compor internamente” uma música com a de materializá-la instantaneamente, e teremos um Mozart (já viram aquela famosa cena de “Amadeus” em que ele improvisa sobre um tema de Salieri?).
Abaixo, uma pequena lista de vídeos em que Grayson delicia o público com sua capacidade de parodiar qualquer música em qualquer estilo que lhe for solicitado:
E, se procurarem no YouTube, ainda encontrarão:
. Toque da Nokia (telefone celular) no estilo de uma galliard renascentista
. Singing in the Rain ao estilo de Wagner
. Tema dos Muppets no estilo de uma fuga de Bach
. A Cavalgada das Valquírias no estilo de um tango
. A Nona de Beethoven no estilo de um tango
. La Cucaracha ao estilo de Prokofiev
. A Garota de Ipanema ao estilo de Poulenc
. Take the A Train no estilo da Marcha Fúnebre de Chopin
. etc, etc, etc...
Mas Grayson é, também, compositor dos mais respeitados. Quando não está divertindo uma audiência (e a si próprio), direciona sua inventividade para obras originalíssimas. É o caso da música abaixo, que precisa ser ouvida e vista ao mesmo tempo:
E já que falei sobre paródias, deixe-me sair um pouquinho de Grayson para falar de um outro músico muito famoso: Dudley Moore. Na verdade, ele fez sua fama como comediante, mas é, também, pianista e compositor. No vídeo abaixo, Moore interpreta uma peça bem ao estilo das sonatas de Beethoven, mas usando um conhecido tema do filme "A Ponte Sobre o Rio Kwai". A diferença é que, neste caso, não se trata de improviso. Mas é muito engraçado assim mesmo:
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