26 novembro 2010

Música e Astronomia - Sir William Herschel

Sir William Hershel (1738-1822) é mais conhecido como o astrônomo que descobriu o planeta Urano. Descobriu, também, duas de suas luas (Titania e Oberon), duas das de Saturno, além de cometas e nebulosas. Como se não bastasse, descobriu, também, a radiação infravermelha. Sua importância para o desenvolvimento da Astronomia foi tão grande que um dos melhores telescópios do mundo foi batizado em sua homenagem.

Mas o que quase ninguém sabe é que Herschel, além de cientista, foi compositor – e levava esse seu lado muito a sério: chegou a escrever vinte e quatro sinfonias!

Pois é dessa sua faceta artística que eu pretendo falar hoje (sobre a sua faceta “científica” eu sugeriria a leitura de um artigo sobre ele na Wikipédia).

Alguém poderia cair na tentação de dizer que Herschel, como compositor, foi um ótimo astrônomo. Eu também cheguei a pensar nisso, mas mudei de idéia depois de ouvir algumas de suas sinfonias. Fiquei agradavelmente surpreso. Muitos cairão em outra tentação: a de confrontar a qualidade de suas obras com as de um outro compositor, cerca de 18 anos mais jovem, chamado Wolfgang Amadeus Mozart. Se fizeram essa maldade com Salieri, que também viveu na mesma época, porque não o fariam com um ilustre desconhecido (musicalmente, ao menos) como Herschel? O problema é que a genialidade de Mozart ofusca de tal forma os seus contemporâneos que tendemos a vê-los num patamar muito inferior ao que realmente ocupam. Herschel, portanto, pode não ter sido um Mozart, mas esteve longe de ser um músico medíocre, como atestam as sinfonias que deixou para a posteridade.

O primeiro vídeo mostra o primeiro movimento de sua oitava sinfonia. O YouTube tem muito mais, se por acaso gostarem. O segundo vídeo, eu selecionei mais por mera curiosidade: é uma breve explicação de como Herschel descobriu a luz infravermelha, e faz parte de um documentário maior da BBC sobre o descobridor de Urano. O terceiro é, também, só uma curiosidade: trata-se da mesma música do primeiro, só que numa versão “rock” (na verdade, uma mera tentativa, já que não se deram ao trabalho de acrescentar nada além de uma bateria).






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