28 maio 2009

MOOG VOYAGER OLD SCHOOL (Parte 5)

Esta é a quinta parte do artigo sobre o MOOG VOYAGER OLD SCHOOL, de Paul Nagle, mas, antes, vejam esta demonstração caseira:





Viram o que se pode fazer com um equipamento desses? Observaram o trechinho de Jean-Michel Jarre no início?

Agora, o artigo:

FILTROS E ENVELOPES
Havia um único filtro passa-baixas no Minimoog original, e só isso já foi o suficiente para torná-lo uma lenda. O Old School tem dois deles e uma chave com a qual você pode escolher uma dessas duas configurações: a primeira é o modo Paralelo Passa-Baixas, e a segunda é o modo Serial Passa-Altas e Passa-Baixas. Selecionando-se o modo paralelo, cada filtro é direcionado a uma saída de áudio separada; selecionando-se o serial, o áudio é enviado por igual a ambas as saídas.

Como já foi dito anteriormente, a Moog não previu um meio de configurar a frequência de cada filter cutoff individualmente. Em vez disso, ela permite que se especifique apenas o intervalo entre essas frequências, podendo esse intervalo ser de até três oitavas, para cima ou para baixo. Acionando-se o modo Passa-Altas/Passa-Baixas, entra-se num terreno onde os sons ou são mais lisos ou mais ásperos. Se você procura por sons mais intimistas, afastando-se das características de um Moog, este modo pode tornar-se o seu favorito, com o espaçamento entre os filtros atuando diretamente para tornar um som mais oco ou mais cheio.

Os envelopes (envoltórias) ADSR (attack, decay, sustain e release) foram posicionados verticalmente, e respondem com agilidade, percorrendo valores que vão desde um milissegundo a até 10 segundos. Eu não fiquei particularmente convencido com a calibração utilizada nos botões. No caso do attack, a maior parte do curso de seu botão é ocupado pelos ataques mais rápidos, e no caso do release, uma grande parte do movimento do botão traduz-se em tempos extremamente curtos; somente uma estreita fatia desse bolo está reservada à faixa que vai de um segundo até o máximo. No modelo testado, este máximo ultrapassava os 20 segundos, dificultando enormemente a tarefa de definir com maior precisão os tempos de release.

Assim como no Minimoog, ficou estabelecido, por default, que os envelopes terão single triggering. Isto combina perfeitamente com o meu estilo mais relaxado de tocar – mas pode ser um problema para quem precisa de um fraseado rápido e articulado. Para tais casos, dispõe-se do multi-triggering. Este, no entanto, só é ativado quando se liga o equipamento mantendo-se pressionadas as duas últimas teclas do teclado – algo que, convenhamos, não sei se você gostaria de fazer ao vivo! Esse procedimento tem que ser feito, também, toda vez que o multi-triggering for necessário, já que o sistema não guarda o status. O teclado emprega um critério em que a última nota tocada prevalece, em vez de priorizar a nota mais grave, o que eu considero um avanço. Por fim, há uma chave para inibir o keyboard triggering dos envelopes – conveniente quando se quer que os filtros processem sinais externos.

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