Hoje vou falar de um produto da Moog lançado em abril do ano passado, o Minimoog Voyager Old School. Este meu artigo é baseado no review de Paul Nagle para a Sound on Sound, escrito em dezembro, e eu o escolhi até porque o assunto é de certa forma relacionado ao meu post sobre Wendy Carlos, que, seja como artista ou como engenheira de áudio, contribuiu decisivamente com Bob Moog para o desenvolvimento dos seus primeiros sintetizadores.
Esta é a primeira parte do artigo:
O Voyager Old School é a Moog retornando às suas origens, mas existe espaço para um sintetizador totalmente analógico, ao estilo dos anos 1970, em pleno século 21?
Quando surgiu, o Minimoog era o sintetizador para solos por excelência. De fato, poderia ser dito que não existe, mesmo nos dias de hoje, nenhum rival à sua altura neste quesito. Entretanto, os solistas estão sempre em busca de expressividade – e aí o Mini deixava muito a desejar. Para começar, suas teclas não tinham nem velocity nem aftertouch, enquanto os botões de pitch-bender e de modulação estavam longe de ser a última palavra em controle de performance. Apesar disso, sem nos perdermos nesse enigma que é o Minimoog, não há como negar que ele devia possuir qualidades especiais que o deixaram numa posição de destaque por um bom tempo – mesmo em relação aos outros produtos da Moog. Será que algum dia nos depararíamos novamente com algo assim?
Em 2001, surgiram rumores sobre a existência de um Minimoog revisado e melhorado, e em seguida houve um concurso para dar nome à mais nova criação de Bob Moog. O produto resultante, o Minimoog Voyager, chegou para atender às preces de muitos. Afinal, ele era um sintetizador analógico monofônico da Moog composto de osciladores Moog, filtros Moog, acabamento em madeira (como no original), mas também com MIDI, memórias para os patches, além de botões e componentes novos e reluzentes. Acrescente-se a isso entradas para controle externo, um LFO dedicado, osciladores sincronizados e modulação de forma de onda e, pronto, o produto estaria perfeito. No entanto, alguns aficcionados da síntese analógica ficaram muito contrariados, convencidos de que agregar menus ao painel de um Mini seria o mesmo que atarrachar um captador humbucker num Stradivarius. Alguns não viam graça nenhuma em selecionar um patch já prontinho da memória em vez de fazer o seu próprio ali na hora, no meio de uma performance. Ao que parece, nem sempre Bob Moog conseguia agradar a todos.
Bem, agora aqueles sujeitos barbados, chorosos e frustrados podem relaxar, porque já existe um outro novo Moog na área – um que rejeita tudo o que é digital. Senhores e senhoras, deixe-me apresentar o Moog Voyager Old School!
DEMAIS ARTIGOS DESTA SÉRIE: 2 - 3 - 4 - 5 - 6
Esta é a primeira parte do artigo:
O Voyager Old School é a Moog retornando às suas origens, mas existe espaço para um sintetizador totalmente analógico, ao estilo dos anos 1970, em pleno século 21?
Quando surgiu, o Minimoog era o sintetizador para solos por excelência. De fato, poderia ser dito que não existe, mesmo nos dias de hoje, nenhum rival à sua altura neste quesito. Entretanto, os solistas estão sempre em busca de expressividade – e aí o Mini deixava muito a desejar. Para começar, suas teclas não tinham nem velocity nem aftertouch, enquanto os botões de pitch-bender e de modulação estavam longe de ser a última palavra em controle de performance. Apesar disso, sem nos perdermos nesse enigma que é o Minimoog, não há como negar que ele devia possuir qualidades especiais que o deixaram numa posição de destaque por um bom tempo – mesmo em relação aos outros produtos da Moog. Será que algum dia nos depararíamos novamente com algo assim?
Em 2001, surgiram rumores sobre a existência de um Minimoog revisado e melhorado, e em seguida houve um concurso para dar nome à mais nova criação de Bob Moog. O produto resultante, o Minimoog Voyager, chegou para atender às preces de muitos. Afinal, ele era um sintetizador analógico monofônico da Moog composto de osciladores Moog, filtros Moog, acabamento em madeira (como no original), mas também com MIDI, memórias para os patches, além de botões e componentes novos e reluzentes. Acrescente-se a isso entradas para controle externo, um LFO dedicado, osciladores sincronizados e modulação de forma de onda e, pronto, o produto estaria perfeito. No entanto, alguns aficcionados da síntese analógica ficaram muito contrariados, convencidos de que agregar menus ao painel de um Mini seria o mesmo que atarrachar um captador humbucker num Stradivarius. Alguns não viam graça nenhuma em selecionar um patch já prontinho da memória em vez de fazer o seu próprio ali na hora, no meio de uma performance. Ao que parece, nem sempre Bob Moog conseguia agradar a todos.
Bem, agora aqueles sujeitos barbados, chorosos e frustrados podem relaxar, porque já existe um outro novo Moog na área – um que rejeita tudo o que é digital. Senhores e senhoras, deixe-me apresentar o Moog Voyager Old School!
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