04 junho 2009

ROLAND FANTOM G (Parte 3)




Os Sons da Fantom G

Entre os sons maravilhosos que eu encontrei neste teclado estão os excelentes pianos elétricos Rhodes, as guitarras com cordas de nylon, os baixos, o lead com distorção e as guitarras rítmicas, além de alguns samples bastante espirituosos de jazz scat vocal-group e uma ampla gama de synth pads e baixos. Encontrei, também, muitos patches legais de piano acústico com três tipos de dinâmica, soando decentemente e muito bem multi-sampleados. Embora os pianos acústicos sejam ótimos para o rock, o pop e para a dance music (mas o que estou dizendo? – qualquer piano sampleado é bom para dance music!), os pianistas clássicos e de jazz dificilmente os aceitarão como substitutos satisfatórios para os instrumentos reais, especialmente num estúdio. São bastante adequados, entretanto, para pequenos recitais, ou para quando se quer praticar ou compor noite adentro.

Apesar da abundância de bons patches na seção de cordas, os samples de cordas orquestrais não exibem a mesma exuberância dos que Peter Siedlaczek preparou, ano passado, para a placa de expansão de sons orquestrais das séries JV, da Roland. Os naipes de metais são razoavelmente potentes, e os das madeiras (algumas das quais eu creio já ter visto nas antigas bibliotecas em CD-ROM da Roland) são apenas aceitáveis, longe de poderem competir em realismo com os das coleções especializadas em sons orquestrais. Uma lista exaustiva de rock convencional, pop, dance e percussão para jazz incluem alguns efeitos de percussão eletrônica incomuns e bastante quentes. Eu gostei muito do tabla set, mas senti falta de um pouco mais de percussão étnica.

Os teclados vintage oferecidos pela Fantom G (piano elétrico Wurlitzer e Hohner Clavinet) são muito bons, e os samples de órgão de tubos são soberbos. Já os patches Hammond formam um grupo pouco coeso – embora suficientemente realísticos, muitos apresentam drawbars em demasia, vibrato excessivo e o obrigatório Leslie em rotação máxima, resultando num som de gosto duvidoso. Eu preferiria os registros mais planos, mais comportados do Hammond, aqueles que usam menos drawbars e pouco ou nenhum vibrato - somente uns poucos dos que foram incluídos são assim. Com o que acabo de dizer, estou certo de que um monte de músicos deve estar achando que se deve demonizar os tradicionais patches Hammond dos anos 60, mais cortantes e estridentes (pense em Santana ou em “Smoke On The Water”). Em todo caso, é bom saber que este produto oferece samples de um Hammond/Leslie reais gravados tanto em baixa como em alta rotação. Mas um verdadeiro Leslie sempre soará melhor que um com a rotação emulada digitalmente num alto-falante.

Foram disponibilizados apenas dois slots de expansão. As notícias potencialmente ruins para os que possuem teclados Roland mais antigos é que toda aquela série de placas de expansão não é compatível com este modelo mais recente; a companhia, agora, tem investido na nova linha ARX que, no momento, oferece somente duas placas (ARX01 Drums e ARX02 Electric Pianos). Torçamos para que venham mais, começando por uma coleção “best-of-orchestral”!

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