22 dezembro 2010
Os dez melhores CDs para se ouvir neste Natal
Ouça amostras dos DEZ MELHORES CDs PARA SE OUVIR NESTE NATAL, segundo Aaron Green, articulista do About.com. Estarei de volta no dia 10 de janeiro. Desejo a todos um feliz Natal e um bom Ano Novo.
13 dezembro 2010
Ventura TX5 Classic Organ
Quem viu o meu post sobre Allex Bessa, também viu o instrumento ao lado: era num órgão Tokai TX5 que Bessa tocava Catherine Parr, de Rick Wakeman. Acontece que se trata do mesmo produto. Foi rebatizado como “Ventura” apenas para que pudesse ser comercializado nos Estados Unidos sem o risco de ser considerado um lançamento da Tokai Guitars, uma companhia completamente independente.
Sobre ele, eu poderia dizer que alia características de um teclado vintage (não usa samples, por exemplo) com recursos que só se tornaram possíveis graças a avanços tecnológicos mais recentes (como os efeitos realísticos e a possibilidade de programar grande número de presets).
Encontrei os preços para a versão simples (a da foto é uma versão Combo, com dois teclados e um stand): nos Estados Unidos, custa US$1999,00 (sweetwater). No Brasil (mercadolivre), vi anunciado por R$3390,00. Uma boa ficha técnica do produto pode ser encontrada na própria sweetwater.
O vídeo abaixo serve bem como demonstração do produto: é a primeira versão do Tokai TX5 (com Allex Bessa):
O vídeo abaixo é um demonstrativo mais detalhado do Ventura TX5:
Sobre ele, eu poderia dizer que alia características de um teclado vintage (não usa samples, por exemplo) com recursos que só se tornaram possíveis graças a avanços tecnológicos mais recentes (como os efeitos realísticos e a possibilidade de programar grande número de presets).
Encontrei os preços para a versão simples (a da foto é uma versão Combo, com dois teclados e um stand): nos Estados Unidos, custa US$1999,00 (sweetwater). No Brasil (mercadolivre), vi anunciado por R$3390,00. Uma boa ficha técnica do produto pode ser encontrada na própria sweetwater.
O vídeo abaixo serve bem como demonstração do produto: é a primeira versão do Tokai TX5 (com Allex Bessa):
O vídeo abaixo é um demonstrativo mais detalhado do Ventura TX5:
Greyson Chance
O YouTube divulgou a lista dos vídeos mais “virais” de 2010. Quero destacar o que ficou em terceiro lugar, com mais de 30 milhões de acessos (pelo menos até agora). É o de Greyson Chance, de 13 anos. No vídeo (abaixo), ele mostra a sua interpretação de um sucesso de Lady Gaga, “Paparazzi”, para um festival de música de sua escola. Eu não estaria falando dele aqui se, além de tudo, ele não fosse, também, um compositor. Fiquemos, por enquanto, apenas com o vídeo que o lançou:
A vida de Bill Clinton cantada em Ópera
O início da carreira do ex-presidente é o assunto do novo trabalho da compositora Bonnie Montgomery
“Billy Blythe”, uma ópera baseada na vida de Bill Clinton, escrita por dois nativos de Arkansas, está focada mais numa fase inicial da vida do ex-presidente do que no turbulento episódio envolvendo o seu suposto affair com Monica Lewinsky, uma estagiária da Casa Branca.
O título da ópera vem do próprio nome de batismo de Clinton - William Jefferson Blythe III. Uma estudiosa da música folclórica americana, a compositora Bonnie Montgomery inspirou-se em episódios ocorridos na época em que Clinton ainda estudava em Arkansas, narrada em sua autobiografia “My Life”. De acordo com a sinopse, sua colaboração com o libretista Britt Barber pretende capturar o misticismo de Arkansas e a influência que o mesmo teve na forma com que Clinton via o mundo naquela época.
A história toda acontece durante um único dia na adolescência do futuro presidente, centralizada em seu relacionamento com sua mãe e com seu padrasto, e em como os eventos ocorridos durante a sua infância puderam moldar o seu caráter. Numa das cenas, há uma ária em que a mãe de Billy fala a ele de seu pai, William Blythe, morto antes dele nascer.
A afinidade de Montgomery com as origens humildes de Clinton pode ser encontrada, também, em seu público-alvo. Ela quer que esse espetáculo seja acessível a uma geração de pessoas que nunca tinham antes assistido a uma ópera. A sua premiere foi em Little Rock’s Women’s City Club, uma antiga casa de bailes. “Esperamos ter feito algo pelo estado”, contou Montgomery ao “Telegraph”. “Bill Clinton também tem feito muitas coisas positivas por ele”. Tendo sido ele próprio um saxofonista talentoso (chegando a considerar até mesmo a possibilidade de seguir uma carreira de músico), é bastante pertinente que Clinton tenha inspirado esta homenagem musical à sua terra natal.
No vídeo abaixo, a própria autora fala de sua nova composição, e canta uma das árias (aparentemente, a mesma que mencionei acima):
(fonte: musolife)
12 dezembro 2010
Os melhores álbuns com músicas de Bach de 2010
Ouça faixas selecionadas dos dez melhores álbuns com músicas de Bach lançados em 2010, segundo a npr (a imagem acima é da capa de um dos álbuns, com a violinista Isabelle Faust).
(fonte: npr)
Sinfonia do Superman entre as indicadas ao Grammy
Michael Daugherty tirou a sorte grande nas indicações ao Grammy deste ano. Uma gravação da Nashville Symphony de duas de suas peças, “Metropolis Symphony” e “Deus Ex Machina”, está entre as cinco candidatas ao prêmio. Isto é particularmente impressionante dado que a Metropolis Symphony foi escrita no final dos anos 1980.
Daugherty diz que, quando ele escreveu a peça, a maioria dos compositores estava escrevendo música abstrata. “Às vezes, quando você compõe uma peça, ela pode estar um pouco à frente do seu tempo. E esse pode ter sido o caso [desta sinfonia]”, disse Daugherty. “Eu pensei que seria uma boa oportunidade de voltar no tempo, aos dias em que li aquela história em quadrinhos”.
Apesar da Metropolis Symphony ser inspirada no Superman, ele não foca exclusivamente no homem propriamente dito. “É sobre as pessoas à sua volta, o ambiente em torno dele”, diz o compositor. “Somente no final é que. com o ‘Red Cape Tango’ – a morte do Homem de Aço – nós olhamos diretamente para ele”.
O quarto movimento, “O, Lois!”, é uma referência a Lois Lane, a repórter colega e amada de Superman. É o mais rápido dos movimentos – de fato, a marcação do tempo nos compassos iniciais, “mais rápido que uma bala de revólver”, é também, talvez, a parte em que a composição mais se aproxima da atmosfera dos quadrinhos. Daugherty diz que buscou inspiração na pop art e em séries de televisão como a do Batman.
“Deveria haver um ‘crash’, ‘bang’, ‘boom’ – e deveria haver um desenho com esses dizeres”, diz Daugherty. “Eu o fiz com a percussão”.
Mais poderoso que uma locomotiva
A segunda metade da gravação apresenta uma composição mais recente de Daugherty, terminada em 2007, intitulada “Deus Ex Machina”. É essencialmente um concerto para piano que Daugherty diz ter sido fortemente influenciado por trens.
“Eu sempre fui fascinado por trens”, diz ele. “Quando eu morava em Cedar Rapids, Iowa, a janela do meu quarto, que ficava no segundo andar da casa, permanecia aberta durante a noite, o que me permitia sempre ouvir os trens que vinham apitando. Eu achei que isto poderia servir de tema para uma peça”.
O segundo movimento é sobre um trem específico: o trem de sete vagões que transportou o corpo de Abraham Lincoln. Ele começou o seu percurso em Washington, D.C., passando por várias cidades americanas até chegar ao seu destino em Illinois. Ao longo do caminho, centenas de milhares de pessoas viram o presidente assassinado.
“Aquele foi realmente o primeiro funeral itinerante de um presidente”, diz Daugherty. “Lincoln havia sido a pessoa que alocou recursos federais para a construção da malha ferroviária da América. Foi graças a esta sua visão como presidente que se desenvolveu o sistema nacional de trens”.
O primeiro minuto do movimento começa suavemente no piano e cresce gradualmente com as trompas e os carrilhões.
“No início da peça, o piano toca lentamente porque o trem está se movendo vagarosamente”, diz Daugherty. “Depois de algum tempo, passamos a ouvir, também, o barulho repetitivo das rodas sobre os dormentes”.
Daugherty sempre faz uma ampla pesquisa antes de cada peça que compõe. Para ter uma noção do que as pessoas devem ter sentido ao presenciarem a passagem do trem fúnebre, ele visitou Gettysburg, Pa, onde Lincoln fez seu discurso histórico.
“Eu caminhei pelas ruas de Gettysburg durante um dia inteiro”, diz Daugherty. “Estar naquele ambiente foi o bastante para que eu tivesse a inspiração para esse movimento”.
E a inspiração para a Metropolis Symphony? “Andar por Nova Iorque inspira qualquer um a escrever alguma coisa”.
(fonte: npr)
Daugherty diz que, quando ele escreveu a peça, a maioria dos compositores estava escrevendo música abstrata. “Às vezes, quando você compõe uma peça, ela pode estar um pouco à frente do seu tempo. E esse pode ter sido o caso [desta sinfonia]”, disse Daugherty. “Eu pensei que seria uma boa oportunidade de voltar no tempo, aos dias em que li aquela história em quadrinhos”.
Apesar da Metropolis Symphony ser inspirada no Superman, ele não foca exclusivamente no homem propriamente dito. “É sobre as pessoas à sua volta, o ambiente em torno dele”, diz o compositor. “Somente no final é que. com o ‘Red Cape Tango’ – a morte do Homem de Aço – nós olhamos diretamente para ele”.
O quarto movimento, “O, Lois!”, é uma referência a Lois Lane, a repórter colega e amada de Superman. É o mais rápido dos movimentos – de fato, a marcação do tempo nos compassos iniciais, “mais rápido que uma bala de revólver”, é também, talvez, a parte em que a composição mais se aproxima da atmosfera dos quadrinhos. Daugherty diz que buscou inspiração na pop art e em séries de televisão como a do Batman.
“Deveria haver um ‘crash’, ‘bang’, ‘boom’ – e deveria haver um desenho com esses dizeres”, diz Daugherty. “Eu o fiz com a percussão”.
Mais poderoso que uma locomotiva
A segunda metade da gravação apresenta uma composição mais recente de Daugherty, terminada em 2007, intitulada “Deus Ex Machina”. É essencialmente um concerto para piano que Daugherty diz ter sido fortemente influenciado por trens.
“Eu sempre fui fascinado por trens”, diz ele. “Quando eu morava em Cedar Rapids, Iowa, a janela do meu quarto, que ficava no segundo andar da casa, permanecia aberta durante a noite, o que me permitia sempre ouvir os trens que vinham apitando. Eu achei que isto poderia servir de tema para uma peça”.
O segundo movimento é sobre um trem específico: o trem de sete vagões que transportou o corpo de Abraham Lincoln. Ele começou o seu percurso em Washington, D.C., passando por várias cidades americanas até chegar ao seu destino em Illinois. Ao longo do caminho, centenas de milhares de pessoas viram o presidente assassinado.
“Aquele foi realmente o primeiro funeral itinerante de um presidente”, diz Daugherty. “Lincoln havia sido a pessoa que alocou recursos federais para a construção da malha ferroviária da América. Foi graças a esta sua visão como presidente que se desenvolveu o sistema nacional de trens”.
O primeiro minuto do movimento começa suavemente no piano e cresce gradualmente com as trompas e os carrilhões.
“No início da peça, o piano toca lentamente porque o trem está se movendo vagarosamente”, diz Daugherty. “Depois de algum tempo, passamos a ouvir, também, o barulho repetitivo das rodas sobre os dormentes”.
Daugherty sempre faz uma ampla pesquisa antes de cada peça que compõe. Para ter uma noção do que as pessoas devem ter sentido ao presenciarem a passagem do trem fúnebre, ele visitou Gettysburg, Pa, onde Lincoln fez seu discurso histórico.
“Eu caminhei pelas ruas de Gettysburg durante um dia inteiro”, diz Daugherty. “Estar naquele ambiente foi o bastante para que eu tivesse a inspiração para esse movimento”.
E a inspiração para a Metropolis Symphony? “Andar por Nova Iorque inspira qualquer um a escrever alguma coisa”.
(fonte: npr)
11 dezembro 2010
Show do Yes no HSBC Brasil - Como foi
Este post é uma espécie de consequência natural do meu artigo anterior sobre o show do Yes no HSBC Brasil. Já foram postadas dezenas vídeos no YouTube com trechos deste show, ocorrido no dia 28 de novembro último. Todos merecem ser assistidos, mas esses são alguns dos que eu gostei mais:
Olha só o que foi essa apresentação solo de Steve Howe:
E esse solo de Alan White:
Um vídeo um pouco mais completo, em que se pode apreciar melhor as performances dos outros integrantes da banda - o Oliver Wakeman, com seus "golden tresses shining in the air", tem um visual parecido com o que o pai tinha no auge da fama; já o Chris Squire e sua vistosa cabeleira grisalha parece inspirar-se na figura austera de Johann Sebastian Bach (que costumava ser retratado de peruca); e o vocalista Benoit David, héim? Que voz interessante, não? Lembra bastante o timbre e o estilo de Jon Anderson - o que ajuda a minimizar a falta que o mesmo faz a esse grupo:
Olha só o que foi essa apresentação solo de Steve Howe:
E esse solo de Alan White:
Um vídeo um pouco mais completo, em que se pode apreciar melhor as performances dos outros integrantes da banda - o Oliver Wakeman, com seus "golden tresses shining in the air", tem um visual parecido com o que o pai tinha no auge da fama; já o Chris Squire e sua vistosa cabeleira grisalha parece inspirar-se na figura austera de Johann Sebastian Bach (que costumava ser retratado de peruca); e o vocalista Benoit David, héim? Que voz interessante, não? Lembra bastante o timbre e o estilo de Jon Anderson - o que ajuda a minimizar a falta que o mesmo faz a esse grupo:
A Cantata BWV 1 de Bach
As siglas BWV derivam do “Bach Werke Verzeichnis” (Catálogo de Obras de Bach), publicado em 1950 por Wolfgang Schmieder. A numeração, em vez de seguir uma ordem cronológica, tenta agrupar as obras segundo os gêneros a que pertencem (fonte: wikipedia).
De qualquer forma, já que as obras catalogadas na BWV com numeração de 1 a 222 são as cantatas, poderíamos supor que a BWV 1 fosse a primeira das cantatas compostas por Bach. Mas não é o que ocorre. Veja o que diz Thomas Braatz sobre isso nesta análise:
Thomas Braatz wrote (March 26, 2001):
About the number 1 in BWV 1: No gematria, no numerology, no nothing!! It was a purely arbitrary choice. The BG had planned to publish as the opening work in the BG the B-minor Mass, but a Swiss publisher was still holding on to the autograph copy. If I read the detailed notes in the BGG I p. 1003 correctly, then BWV 1 (not known by that number, of course) was published in two separate parts (at different times) at the beginning of the 19th century. It may have been the first cantata ever to be published. In any case here is the definitive statement that explains what Aryeh wanted to know:
"Die durch BA (read this as BG) eingeführte Zählung der Kantaten ist willkürlich, aber allgemein gebräuchlich und auch von Neumann, 'Handbuch der Kantaten,' 1947, und von Schmieder BWV, 1950, beibehalten worden."
The numbering system introduced by the BG (1851) is completely arbitrary, but is generally used, and has been maintained by Neumann in his 'Handbook of the Cantatas', 1947 and by Schmieder, 1950, in the BWV numbering system that is used today.
Note that this cantata is from the second Leipzig cycle.
The original score of BWV 1 is lost, but we have the original parts copied under Bach's supervision and corrected by him. These parts are the primary source for determining the printed copy in the NBA. The voice parts look like this (sorry, no picture - just a description): (the sequence of numbers at the end indicated the number of staffs on each page)
Soprano part - one large double sheet containing 3 pages of actual musical notation 13, 13, 14, 13.
Contains mvts. 1, 3, 6 and tacet for all other movements
Alto part - one sheet with 2 pages notated 14, 13.
Contains mvts. 1 and 6 tacet for the rest
Tenor part - one large double sheet with 4 pages notated 13, 14, 14, 13.
Contains mvts. 1, 2, 5, 6 tacet for the rest
Bass part - one large double sheet with 3 pages notated 13, 14, 14, 13.
Contains mvts. 1, 4, 6 tacet for the rest
Looks like another point in favour of OVPP, or, at the most two looking at the same page.
Mais informações sobre esta e outras cantatas de Bach em http://www.bach-cantatas.com/.
Cantata BWV 1, de Johann Sebastian Bach – Amsterdam Baroque Orchestra & Choir – Ton Koopman:
De qualquer forma, já que as obras catalogadas na BWV com numeração de 1 a 222 são as cantatas, poderíamos supor que a BWV 1 fosse a primeira das cantatas compostas por Bach. Mas não é o que ocorre. Veja o que diz Thomas Braatz sobre isso nesta análise:
Thomas Braatz wrote (March 26, 2001):
About the number 1 in BWV 1: No gematria, no numerology, no nothing!! It was a purely arbitrary choice. The BG had planned to publish as the opening work in the BG the B-minor Mass, but a Swiss publisher was still holding on to the autograph copy. If I read the detailed notes in the BGG I p. 1003 correctly, then BWV 1 (not known by that number, of course) was published in two separate parts (at different times) at the beginning of the 19th century. It may have been the first cantata ever to be published. In any case here is the definitive statement that explains what Aryeh wanted to know:
"Die durch BA (read this as BG) eingeführte Zählung der Kantaten ist willkürlich, aber allgemein gebräuchlich und auch von Neumann, 'Handbuch der Kantaten,' 1947, und von Schmieder BWV, 1950, beibehalten worden."
The numbering system introduced by the BG (1851) is completely arbitrary, but is generally used, and has been maintained by Neumann in his 'Handbook of the Cantatas', 1947 and by Schmieder, 1950, in the BWV numbering system that is used today.
Note that this cantata is from the second Leipzig cycle.
The original score of BWV 1 is lost, but we have the original parts copied under Bach's supervision and corrected by him. These parts are the primary source for determining the printed copy in the NBA. The voice parts look like this (sorry, no picture - just a description): (the sequence of numbers at the end indicated the number of staffs on each page)
Soprano part - one large double sheet containing 3 pages of actual musical notation 13, 13, 14, 13.
Contains mvts. 1, 3, 6 and tacet for all other movements
Alto part - one sheet with 2 pages notated 14, 13.
Contains mvts. 1 and 6 tacet for the rest
Tenor part - one large double sheet with 4 pages notated 13, 14, 14, 13.
Contains mvts. 1, 2, 5, 6 tacet for the rest
Bass part - one large double sheet with 3 pages notated 13, 14, 14, 13.
Contains mvts. 1, 4, 6 tacet for the rest
Looks like another point in favour of OVPP, or, at the most two looking at the same page.
Mais informações sobre esta e outras cantatas de Bach em http://www.bach-cantatas.com/.
Cantata BWV 1, de Johann Sebastian Bach – Amsterdam Baroque Orchestra & Choir – Ton Koopman:
A Décima Sinfonia de Schubert
A sinfonia mais conhecida de Franz Schubert é a Oitava, composta em 1822. Deram-lhe o nome de “Inacabada” porque Schubert só compôs os seus dois primeiros movimentos (a metade do que uma sinfonia típica costuma ter). A propósito, ninguém sabe até hoje porque ele deixou de compor os dois movimentos restantes, já que, nos seis anos seguintes (de 1823 a 1828, ano de sua morte), teve tempo para escrever ao menos mais uma sinfonia completa (a Nona) e ainda deixar fragmentos do que poderia ter sido a sua Décima Sinfonia.
Pois foi a partir desses fragmentos que Brian Newbould “compôs” a Décima Sinfonia de Schubert – um belíssimo trabalho, que pode ser apreciado no vídeo abaixo:
Pois foi a partir desses fragmentos que Brian Newbould “compôs” a Décima Sinfonia de Schubert – um belíssimo trabalho, que pode ser apreciado no vídeo abaixo:
Partituras de Rick Wakeman
Disponibilizei, na minha página de DOWNLOADS, as partituras dos três mais importantes álbuns da carreira de Rick Wakeman: "The Six Wives of Henry VIII", "Journey to the Centre of the Earth" e "Myths and Legends of King Arthur and the Knights of the Round Table".
(veja também: Free Sheet Music Download - DOWNLOAD GRATUITO DE PARTITURAS, uma extensa coleção de links para downloads de partituras gratuitas na Internet)
Wakemaniacs - Alex Bessa
Num post anterior, falei sobre a “Wakemania” – e, mais especificamente, sobre o “Wakemaniacs”, um projeto desenvolvido por Allex Bessa, Luciano Januzzi e Fernando Faustino.
Dos três, Bessa é, talvez, o mais “wakemaníaco” (muitos o consideram o “Rick Wakeman brasileiro”) - não por acaso, é ele quem toca o mini-Moog no vídeo em que eles interpretam o “Journey to the Centre of the Earth”, de Wakeman.
Essa é a sua autobiografia, extraída de seu site:
Músico auto didata, Pianista, tecladista, produtor e arranjador, se profissinalizou músico aos 16 anos nos principais palcos do litoral Santista.
Criou junto com Maristella Bessa o grupo Nascente que foi aclamado pela crítica e mída do litoral santista como revelação musical nos anos 80. Mudando para São Paulo aos 21 anos começou a produzir discos para as gravadoras RGE, Velas, Atração e Continental East West. Gravou também para muitas outras gravadoras como Sony, Universal, Continental , RCA entre muitas outras.
Tocou com artistas e bandas como O Terço, Sergio Dias, Rita Lee, além de ter dividido os palcos com outros grandes artitas da nossa MPB como Daniel Gonzaga, Alaíde Costa, Cauby Peixoto, Jobam, Romulo Arantes, entre outros.
Suas influências musicais vão dos clássicos ao rock progressivo de Rick Wakeman, Yes, Emerson Lake & Palmer e essas influências o ajudaram muito a criar trilhas para cinema, rádio e TV em peças publicitárias para Varig, Pringles , Bank Boston, Microsoft, ABES Visconti ( com Xuxa ), Banco Panamericano e muitas mais. Criou trilhas para CDs de demonstração de sintetizadores para a Roland Brasil. Muito comparado ao tecladista britânico Rick Wakeman , Allex remontou um tributo à banda YES com o fundador desse tributo Aru Jr. em 1995, a Yessongs Band.
Em 1998 criou uma parceria com o produtor e diretor de cinema Mario Kuperman gravando a trilogia dos Rios e Os Tropeiros. Em 2001 conheceu Haruo Hayashida com o qual iniciou a idéia de criar um órgão profissional e portátil com drawbars e recursos vintages. Idéia essa que resultou no aclamado Tokai TX-5 DSPlus e Classic que agora são exportados com o novo nome Ventura.
Em 2005 produziu e colaborou com suas composições e de Maristella Bessa a gravação do CD e DVD Tarkus Ao Vivo em Niterói que recebeu mundialmente críticas positivas. Atualmente toca com a Banda Do Sol e gravou o novo CD Tempo com a participação e mixagem de Billy Sherwood ( YES ), e com a Classic Machine, banda que resgata grandes sucessos do Rockn Roll.
Bessa na Spalla, tocando "Catherine Parr" (num órgão Tokai) - é ou não é o nosso Rick Wakeman?
Dos três, Bessa é, talvez, o mais “wakemaníaco” (muitos o consideram o “Rick Wakeman brasileiro”) - não por acaso, é ele quem toca o mini-Moog no vídeo em que eles interpretam o “Journey to the Centre of the Earth”, de Wakeman.
Essa é a sua autobiografia, extraída de seu site:
Músico auto didata, Pianista, tecladista, produtor e arranjador, se profissinalizou músico aos 16 anos nos principais palcos do litoral Santista.
Criou junto com Maristella Bessa o grupo Nascente que foi aclamado pela crítica e mída do litoral santista como revelação musical nos anos 80. Mudando para São Paulo aos 21 anos começou a produzir discos para as gravadoras RGE, Velas, Atração e Continental East West. Gravou também para muitas outras gravadoras como Sony, Universal, Continental , RCA entre muitas outras.
Tocou com artistas e bandas como O Terço, Sergio Dias, Rita Lee, além de ter dividido os palcos com outros grandes artitas da nossa MPB como Daniel Gonzaga, Alaíde Costa, Cauby Peixoto, Jobam, Romulo Arantes, entre outros.
Suas influências musicais vão dos clássicos ao rock progressivo de Rick Wakeman, Yes, Emerson Lake & Palmer e essas influências o ajudaram muito a criar trilhas para cinema, rádio e TV em peças publicitárias para Varig, Pringles , Bank Boston, Microsoft, ABES Visconti ( com Xuxa ), Banco Panamericano e muitas mais. Criou trilhas para CDs de demonstração de sintetizadores para a Roland Brasil. Muito comparado ao tecladista britânico Rick Wakeman , Allex remontou um tributo à banda YES com o fundador desse tributo Aru Jr. em 1995, a Yessongs Band.
Em 1998 criou uma parceria com o produtor e diretor de cinema Mario Kuperman gravando a trilogia dos Rios e Os Tropeiros. Em 2001 conheceu Haruo Hayashida com o qual iniciou a idéia de criar um órgão profissional e portátil com drawbars e recursos vintages. Idéia essa que resultou no aclamado Tokai TX-5 DSPlus e Classic que agora são exportados com o novo nome Ventura.
Em 2005 produziu e colaborou com suas composições e de Maristella Bessa a gravação do CD e DVD Tarkus Ao Vivo em Niterói que recebeu mundialmente críticas positivas. Atualmente toca com a Banda Do Sol e gravou o novo CD Tempo com a participação e mixagem de Billy Sherwood ( YES ), e com a Classic Machine, banda que resgata grandes sucessos do Rockn Roll.
Bessa na Spalla, tocando "Catherine Parr" (num órgão Tokai) - é ou não é o nosso Rick Wakeman?
10 dezembro 2010
Wakemaniacs – um tributo a Rick Wakeman
Mostrei aqui, outro dia mesmo, a fantástica Orquestra Sinfônica Jovem do Estado de São Paulo interpretando “Guinevere”, de Rick Wakeman. Na onda da “Wakemania”, chegou a vez de mostrar o Wakemaniacs - Luciano Januzzi (teclados e lead vocal), Allex Bessa (teclados e backing vocal) e Fernando Faustino (bateria e backing vocal). Pretendo escrever um pouco mais detalhadamente sobre o trabalho deles (e sobre o próprio Rick Wakeman) num outro post. Por enquanto, basta que apreciem o vídeo abaixo:
07 dezembro 2010
Epic Mickey - Compositores encaram novos desafios nos videogames
Para quem não se lembra (ou nunca foi muito fã de videogames), Pac-Man foi um dos jogos de maior sucesso na década de 1980. O objetivo dele era simples: comer todos os pontinhos ao longo de um labirinto, tomando cuidado para não ser ele próprio comido por fantasmas que o perseguem. A música do jogo também não era nada complexa. Hoje em dia, no entanto, a partitura da trilha sonora de um videogame é fator tão importante para o sucesso quanto o seu próprio enredo e a aparência gráfica.
Peguemos, por exemplo, a trilha sonora do novo videogame da Disney, o "Epic Mickey", que acabou de ser lançado pela Nintendo Wii. A sua música foi composta por Jim Dooley, que já havia trabalhado para alguns dos principais projetos da TV e do cinema ao longo dos últimos dez anos. Dooley nos contou que os modernos videogames oferecem desafios novos e interessantes aos compositores atuais.
"Não sabemos se o game será jogado por 20, 30 ou 40 horas", disse ele. "E isso faz uma diferença enorme. Fazer com que a música induza o jogador a experimentar emoções reais é o que torna essa tarefa mais desafiadora".
Os desenvolvedores do Epic Mickey queriam que a música se ajustasse às ações do herói do jogo, Mickey Mouse. Quando Mickey tivesse um bom comportamento, cumprindo missões e ajudando pessoas, a música deveria se tornar mais mágica e heróica.
"Ouve-se uma música bem mais brilhante, com predominância de instrumentos como flautas e oboés", diz Dooley.
A música se transforma quando Mickey fica mais pernicioso e destrutivo.
"Aí, ouve-se mais a clarineta baixo e os fagotes", diz Dooley. "Provavelmente, a parte mais difícil dessa tarefa é fazer com que a música flua com naturalidade, adaptando-se ao estilo do jogo".
Dooley fez um estudo detalhado do game antes de começar a compor. A Disney lhe deu acesso aos seus arquivos, nos quais ele encontrou um verdadeiro tesouro escondido, entre gravações que jamais foram publicadas, registros de ensaios e partituras orquestrais completas.
"Simplesmente ouvir aquelas músicas não dá uma idéia exata do nível de talento envolvido. Por isso foi tão empolgante ter visto as suas partituras".
Os vídeos abaixo contém, respectivamente, uma amostra da música de Epic Mickey e um trailer do game:
(fonte: npr)
Tocado por violinistas, comprado por bilionários
Jeff Fushi, um colecionador de violinos raros em Chicago, está vendendo o que ele chama a "Mona Lisa dos violinos". Na verdade, não é ele o dono da relíquia, mas sim um banqueiro de Londres, de quem ele é somente o representante. O Vieuxtemps Guarnieri del Jesu de 269 anos de idade não é apenas um dos instrumentos mais antigos já postos a venda, mas também o mais caro - seu valor de mercado é de US$ 18 milhões.
"Eu já havia ouvido todos os melhores violinos do mundo", diz Fushi. "Este, no entanto, superou as minhas expectativas. Eu disse para mim mesmo: estou ficando louco? Este é o melhor som de violino que eu já ouvi na minha vida!".
No entanto, é estranho que ele não vá para as mãos de um músico, o que deixa alguns deles muito preocupados. O preço pedido é quase o dobro do recorde anterior, estabelecido em janeiro quando um bilionário e colecionador russo adquiriu um Guarnieri por cerca de US$ 10 milhões. Mas Fushi se diz confiante de que este de agora será vendido também.
Mais informações: npr.
"Eu já havia ouvido todos os melhores violinos do mundo", diz Fushi. "Este, no entanto, superou as minhas expectativas. Eu disse para mim mesmo: estou ficando louco? Este é o melhor som de violino que eu já ouvi na minha vida!".
No entanto, é estranho que ele não vá para as mãos de um músico, o que deixa alguns deles muito preocupados. O preço pedido é quase o dobro do recorde anterior, estabelecido em janeiro quando um bilionário e colecionador russo adquiriu um Guarnieri por cerca de US$ 10 milhões. Mas Fushi se diz confiante de que este de agora será vendido também.
Mais informações: npr.
Violino Stradivarius valendo 1,2 milhão de libras é roubado em Londres
O roubo ocorreu enquanto o músico sul-coreano, Min-Jin Kym, da Orquestra Philharmonia, comia num fast-food.
Mais detalhes: Guardian.
Os Indicados para o Grammy de Melhor Álbum Clássico
"No dia 13 de fevereiro de 2011, o prêmio de Melhor Álbum Clássico, que é a jóia da coroa das premiações do Grammy, será entregue a um dos cinco álbuns clássicos que mais se destacaram em 2010. Desde a espetacular performance da Terceira Sinfonia de Bruckner até a impressionante voz de Cecília Bartoli, e desde a excêntrica "Dreamhouse" até o poderoso Requiem de Verdi, há uma grande variedade de estilos entre os indicados. No entanto, após ouvir os cinco álbuns, minha torcida vai para o "Sacrificium", com Bartoli."
Assim começa o artigo de Aaron Green para o site classicalmusic.about.com a respeito dos finalistas do Grammy 2011 na categoria Melhor Álbum Clássico de 2010. Para ler os seus comentários a respeito de cada um deles, e para ouvir amostras de cada uma das faixas, clique aqui.
Obs: a imagem acima é da capa de um dos álbuns indicados - Sacrificium, com Cecília Bartoli.
(fonte: classicalmusic.about.com)
Assim começa o artigo de Aaron Green para o site classicalmusic.about.com a respeito dos finalistas do Grammy 2011 na categoria Melhor Álbum Clássico de 2010. Para ler os seus comentários a respeito de cada um deles, e para ouvir amostras de cada uma das faixas, clique aqui.
Obs: a imagem acima é da capa de um dos álbuns indicados - Sacrificium, com Cecília Bartoli.
(fonte: classicalmusic.about.com)
04 dezembro 2010
Sir Peter Maxwell Davies
Sir Peter Maxwell Davies é, desde 2004, o compositor oficial da Rainha da Inglaterra, e foi incumbido de compor a música que será executada no casamento do Príncipe William, no próximo mês de abril.
Davies revelou que a música terá um "toque escocês", como referência ao lugar onde William e Kate se conheceram - a St Andrews University, a mais tradicional universidade da Escócia.
Aqui você poderá ler mais a seu respeito, e ouvir trechos de algumas de suas composições.
Além da música para o casamento do Príncipe William, Davies já antecipou que sua Nona Sinfonia será dedicada à Sua Majestade, e será tocada por ocasião de suas Bodas de Diamante, em 2012.
(fonte: musolife)
Davies revelou que a música terá um "toque escocês", como referência ao lugar onde William e Kate se conheceram - a St Andrews University, a mais tradicional universidade da Escócia.
Aqui você poderá ler mais a seu respeito, e ouvir trechos de algumas de suas composições.
Além da música para o casamento do Príncipe William, Davies já antecipou que sua Nona Sinfonia será dedicada à Sua Majestade, e será tocada por ocasião de suas Bodas de Diamante, em 2012.
(fonte: musolife)
Descoberto grande investimento de J.S.Bach
Eberhard Spree, um contrabaixista da Leipzig Gewandhaus Orquestra, encontrou documentos bastante reveladores num dos arquivos do distrito de Freiburg.
Esses documentos referem-se a investimentos que Johann Sebastian Bach teria feito em uma mina de prata ao longo de seus últimos dez anos de vida. A imagem que se tinha do compositor, até então, era a de um funcionário municipal que vivia exclusivamente de seu trabalho como encarregado das atividades musicais da Igreja de São Tomás, em Leipzig. Pode ser que ele tenha sido mais esperto do que os estudiosos supunham.
Na foto, vemos Spree exibindo orgulhosamente o documento que encontrou.
(fonte: artsjournal)
Esses documentos referem-se a investimentos que Johann Sebastian Bach teria feito em uma mina de prata ao longo de seus últimos dez anos de vida. A imagem que se tinha do compositor, até então, era a de um funcionário municipal que vivia exclusivamente de seu trabalho como encarregado das atividades musicais da Igreja de São Tomás, em Leipzig. Pode ser que ele tenha sido mais esperto do que os estudiosos supunham.
Na foto, vemos Spree exibindo orgulhosamente o documento que encontrou.
(fonte: artsjournal)
Magdalena Kozena
Magdalena Kozena, nascida em 1973, é uma mezzo-soprano tcheca que chama a atenção não só pela beleza, mas pela técnica e pelo timbre singular de sua voz.
Mostrei, no post anterior, o manuscrito de um dos recitativos a cargo da personagem Cherubino, em As Bodas de Fígaro, de Mozart. Pois foi justamente este o papel que Kozena interpretou numa montagem recente dessa ópera.
Estreou em estúdios com uma gravação de árias de Bach, ainda na República Tcheca.
O vídeo abaixo é um "videoclipe" que, com inteligência e bom humor, tira partido da voz marcante de Kozena para criar uma historinha em que ela faz uma mulher tentando fraudar uma apresentação do seu filho, um solista infantil que está impossibilitado de cantar por causa de uma gripe, dublando-o na interpretação de uma ária da Cantata para a Festa da Natividade de São João Batista, BWV 30, de Bach (notem que a regência é do próprio autor...):
03 dezembro 2010
Os Manuscritos de Mozart
O que vemos abaixo é a segunda página dos manuscritos de Mozart com o recitativo que introduz a ária "Voi che sapete", cantada por Cherubino, em "Bodas de Fígaro":
Se quiser ver mais desses manuscritos de Mozart, clique aqui.
(fonte: Manuscritos de Mozart)
Se quiser ver mais desses manuscritos de Mozart, clique aqui.
(fonte: Manuscritos de Mozart)
Walt Disney Concert Hall - Gustavo Dudamel e a Filarmônica de Los Angeles
Outro dia, comentei aqui sobre um evento que acontece todos os anos no Walt Disney Concert Hall, em que um filme mudo é exibido com o acompanhamento de músicas tocadas ao vivo no órgão de tubos do próprio auditório. Trata-se, sem dúvidas, de uma idéia genial. O organista, como se viu, é um espetáculo à parte.
Essa notícia, no entanto, me chamou a atenção para um dado interessante: vira e mexe, estamos vendo o nome de Disney associado à música. Disney construiu um império a partir de seus desenhos animados, mas é curioso perceber como ele sempre achava um jeito de falar de música. Parecia uma fixação. Um de seus filmes mais famosos é Fantasia, sobre o qual já falei rapidamente aqui, e é todo ele montado sobre uma brilhante seleção de peças do repertório clássico. Pedro e o Lobo é outro de seus filmes que segue a mesma filosofia – sua história é baseada na música homônima de Sergei Prokofiev. Mas não é só nos filmes, não, que se vê a influência da música na obra de Disney: quem já visitou os seus parques temáticos sabe o quanto a música é importante em todos eles. Nada mais natural, portanto, que a sua principal sala de espetáculos, a Walt Disney Concert Hall, seja a atual sede da Filarmônica de Los Angeles (LAPHIL).
Recentemente, o tradicional regente da LAPHIL Esa-Pekka Salonen (que lá estave por 17 anos) foi substituído por um dos mais talentosos nomes da atualidade: Gustavo Dudamel. Nascido na Venezuela, ele só tem 28 anos (o que parece ser bem pouco para a profissão), mas não é um novato: já aos 18 regia a Orquestra Sinfônica Simón Bolívar, a orquestra nacional de jovens da Venezuela. Em 2004, ganhou um importante prêmio internacional de regência (Gustav Mahler Conducting Prize). Depois disso, começou a reger importantes orquestras em outros países, como a Orquestra Sinfônica de Chicago, a Orquestra Filarmônica de Israel e a Orquestra Sinfônica de Gotemburgo (Suécia), para a qual trabalha até hoje. Em 2005, assinou contrato com a Deutsche Grammophon. Clique aqui para ouvir uma pequena amostra de seu talento, numa gravação do Quarto Movimento da Sétima Sinfonia de Beethoven.
(fonte: npr)
Essa notícia, no entanto, me chamou a atenção para um dado interessante: vira e mexe, estamos vendo o nome de Disney associado à música. Disney construiu um império a partir de seus desenhos animados, mas é curioso perceber como ele sempre achava um jeito de falar de música. Parecia uma fixação. Um de seus filmes mais famosos é Fantasia, sobre o qual já falei rapidamente aqui, e é todo ele montado sobre uma brilhante seleção de peças do repertório clássico. Pedro e o Lobo é outro de seus filmes que segue a mesma filosofia – sua história é baseada na música homônima de Sergei Prokofiev. Mas não é só nos filmes, não, que se vê a influência da música na obra de Disney: quem já visitou os seus parques temáticos sabe o quanto a música é importante em todos eles. Nada mais natural, portanto, que a sua principal sala de espetáculos, a Walt Disney Concert Hall, seja a atual sede da Filarmônica de Los Angeles (LAPHIL).
Recentemente, o tradicional regente da LAPHIL Esa-Pekka Salonen (que lá estave por 17 anos) foi substituído por um dos mais talentosos nomes da atualidade: Gustavo Dudamel. Nascido na Venezuela, ele só tem 28 anos (o que parece ser bem pouco para a profissão), mas não é um novato: já aos 18 regia a Orquestra Sinfônica Simón Bolívar, a orquestra nacional de jovens da Venezuela. Em 2004, ganhou um importante prêmio internacional de regência (Gustav Mahler Conducting Prize). Depois disso, começou a reger importantes orquestras em outros países, como a Orquestra Sinfônica de Chicago, a Orquestra Filarmônica de Israel e a Orquestra Sinfônica de Gotemburgo (Suécia), para a qual trabalha até hoje. Em 2005, assinou contrato com a Deutsche Grammophon. Clique aqui para ouvir uma pequena amostra de seu talento, numa gravação do Quarto Movimento da Sétima Sinfonia de Beethoven.
(fonte: npr)
02 dezembro 2010
Como Viver de Música - 1
É possível ganhar dinheiro como compositor independente?
Meus amigos, é possível, sim. Hoje em dia, é perfeitamente possível pagar as contas do mês trabalhando exclusivamente com a venda de suas próprias músicas. E digo isso com certa surpresa, porque só passei a acreditar nisso depois de ler um post publicado há mais de um ano (em março de 2009) no blog do cantor e compositor Leoni. Seu artigo é irretocável e merece ser lido por todos.
Mas o que mais me chamou a atenção em tudo que ele escreveu foi a história de um compositor americano chamado Jonathan Coulton, que decidiu abandonar o seu emprego de programador de computadores para começar “do zero” uma carreira de compositor. Inicialmente bancado pela esposa (sabe-se lá como ela reagiu a essa decisão do marido...), Coulton batalhou, ralou, e hoje, felizmente, colhe os frutos de sua tenacidade, ganhando entre 3 e 5 mil dólares por mês só com a venda de suas músicas na Internet. Continua ralando, é verdade, mas está feliz como pinto no lixo, porque trabalha com o que mais gosta de fazer, ou seja, fazendo música.
Essa história me fez lembrar de uma outra não menos encorajadora, e que, embora não tenha nada a ver com Música, tem tudo a ver com o sucesso de Coulton. Resolvi contá-la porque serve de estímulo a todos aqueles que ainda estão em dúvida sobre o que fazer para realizar os seus sonhos:
A história do shareware
Voltemos a 1982, quando os microcomputadores começavam a se popularizar mundo afora (principalmente nos Estados Unidos). Naquela época, não havia softwares gratuitos – ou seja, só se podia adquirí-los em lojas (ou no ato da compra de um computador). Era um produto rentável para as companhias desenvolvedoras (como a Microsoft, por exemplo). Mas havia um pequeno e incômodo "probleminha" - era possível copiá-los. Com isso, um bom aplicativo que se tornasse um sucesso de vendas era logo transformado, também, num recordista de cópias “piratas”.
Um dia, Jim Knopf, que na época trabalhava na IBM, sentiu necessidade de um software para gerenciar um banco de dados. Como era programador, decidiu fazê-lo ele mesmo, e o batizou de PC-File. Inicialmente, o fez para uso próprio, mas, vendo que vários de seus colegas começavam a comprar também os seus primeiros computadores, resolveu presenteá-los com uma cópia do seu programa.
Não demorou muito, o PC-File revelou-se um campeão de popularidade na empresa e, mais tarde, por toda a região de Seattle: era útil, funcionava bem, e (o mais importante) era gratuito. Knopf gostava de manter seus "clientes" atualizados com versões mais recentes de seu software, notificando-os sobre os bugs que corrigia e as melhorias que implementava. Usava o seu próprio PC-File para manter uma lista com nome e endereço de seus usuários.
Mas a lista cresceu demais, e um dia Knopf percebeu que aquela tarefa já estava começando a lhe consumir tempo e dinheiro excessivos. Além disso, muitas das pessoas para as quais ele enviava as atualizções poderiam nem estar mais usando o seu software. Teve, então, a feliz idéia de incluir na versão seguinte uma pequena mensagem, que era mostrada logo na abertura do programa. Essa mensagem encorajava o usuário:
1 - a continuar usando o seu produto;
2 - a compartilhá-lo com outras pessoas;
3 - a enviar-lhe US$ 10,00, caso quisesse continuar recebendo as novas versões.
Descobriu, por acaso, que um outro programador havia tido a mesma idéia(com um produto chamado PC-Talk), e resolveu procurá-lo. Os dois resolveram, então, juntar seus esforços. Um faria propaganda do outro, cobrando a mesma quantia por seus respectivos produtos: US$ 25,00.
Para a mulher de Knopf, não havia a menor chance de que uma simples mensagem, por mais "encorajadora" que fosse, arrancasse as pessoas de suas poltronas e as fizesse ir aos correios para lhe postar um envelope com dinheiro. Mas Knopf estava otimista. Acreditava que muitos dos seus clientes se sensibilizariam com o pedido. Esperava, inclusive, receber o suficiente para poder comprar um novo computador - algumas centenas de dólares, quem sabe? Em seu mais louco devaneio, chegou a pensar na quantia de mil dólares!
Pois o que aconteceu a seguir superou em muito as suas previsões mais otimistas. Knopf recebeu tantas respostas ao seu pedido, que os envelopes "entupiram" a sua caixa postal. Coincidiu, também, de uma revista especializada (a PC-World) ter publicado uma resenha sobre o PC-File enquanto ele e sua mulher passavam as férias no Hawaii. O resultado foi avassalador. As cartas passaram a chegar em tal quantidade, que a sua empregada as transportava diariamente para dentro de casa em grandes sacos de mercearia. Quando retornou do Hawaii, Knopf precisou saltar por cima de alguns desses sacos para conseguir chegar à porta de seu escritório.
Aquela loucura prolongou-se por um bom tempo, beneficiada, em grande parte, pelo recente "boom" do mercado de microcomputadores, que eram vendidos aos milhares. Além disso, não havia ainda concorrentes para o PC-File – os programas similares eram todos caros, cheios de bugs e, o pior, não podiam ser avaliados previamente pelos compradores.
Knopf acabou montando uma firma (a Buttonware), com a qual cristalizou o conceito de "shareware" - que, em sua versão inicial, assemelhava-se mais ao que hoje nós chamamos de "freeware" (software gratuito) - a única ou principal diferença era a inclusão de uma cláusula que garantia ao usuário o direito a atualizações frequentes mediante o pagamento de um pequeno valor.
As contribuições dos usuários continuavam a chegar. Com isso, a Buttonware ia muito bem, obrigado. Mesmo assim, Knopf decidiu permanecer em seu emprego na IBM, tentando conciliar as duas atividades – afinal, quem seria louco de abandonar um empregão daqueles? Pouco depois, no entanto, ele se demitiu. Não porque o quisesse, mas porque a sua saúde o exigia - não aguentava mais a fatigante jornada de doze horas por dia (oito na IBM e mais quatro em sua própria firma - fora os sábados e os domingos). Ademais, a receita mensal de sua empresa já superava em dez vezes o seu salário... (fonte: history of shareware).
Voltando a falar de música...
Contei essa história acima só para mostrar que, por incrível que pareça, as pessoas em geral (entre as quais eu me incluo) estão dispostas a pagar, sim, e com prazer, por aquilo que já lhes trouxe (ou está trazendo, ou trará) satisfação para algum desejo ou necessidade. E a Música é uma dessas necessidades básicas do ser humano. É claro que cada indivíduo tem as suas preferências, de modo que não há música que agrade a todos ao mesmo tempo. Eu, por exemplo, adoro a Nona Sinfonia de Beethoven, mas conheço gente que não pagaria nem um centavo para ouví-la - ainda que fosse executada pela Filarmônica de Berlim sob a regência de Herbert von Karajan. Tudo bem, faz parte do jogo. O importante é que nos acostumemos com a idéia de que, se uma música for boa, terá grandes chances de agradar a muita gente, e essa gente (ou boa parte dela) se sentirá compelida a retribuir monetariamente, o que pode ser mais que suficiente para compensar o trabalho do compositor.
Coulton, por exemplo, não é nenhum fenômeno da mídia, mas milhares de pessoas dão valor às suas músicas. Isso talvez não seja o bastante para enriquecê-lo, mas o deixará feliz, certamente - afinal, conseguirá se sustentar trabalhando no que mais gosta de fazer. Agora, é lógico que essa fórmula só passou a funcionar graças aos recentes avanços tecnológicos (leia-se: computadores mais potentes e Internet). Foi por causa deles que Coulton pôde prescindir do esquema das gravadoras – um esquema de certo modo perverso tanto para artistas como para consumidores.
Como viver de música
Durante muito tempo, as circunstâncias impediram que esse quadro se revertesse. Sem as gravadoras, não havia forma de se atingir o grande público, de forma que elas eram um mal necessário. Não são mais. Agora, felizmente, quase tudo o que um músico terá que gastar para ter um estudiozinho básico em sua própria casa será com a compra de um simples computador. Ou seja: nunca foi tão fácil ganhar dinheiro com música. Se quiser, o músico pode “ser” a sua própria banda, ou mesmo a sua própria orquestra. Pode, também, ser o seu próprio “engenheiro de som”. E, para finalizar, pode ser, também, o seu próprio distribuidor. Tudo isso (pasmem) sem gastar um centavo. Depende única e exclusivamente de duas coisas: talento e suor.
Para ser completamente independente, o músico terá que ser, também, um conhecedor minimamente razoável das técnicas de gravação. Tudo bem, porque isso me parece bem mais fácil do que aprender a compor. Mas esse é somente um dos assuntos que eu pretendo abordar nos próximos posts desta série. Por enquanto, é só.
(artigo seguinte: Como Viver de Música - 2)
30 novembro 2010
Sala São Paulo - Camerata Antiqua de Curitiba e Coro da OSESP
O próximo concerto na Sala São Paulo já será uma preparação para o Natal que se aproxima
A Camerata Antiqua de Curitiba e o Coro da OSESP apresentarão obras de Bach, Camargo Guarnieri, Gerald Finzi e Saint-Saens. Haverá três oportunidades para vê-los: dias 2, 3 e 4 de dezembro (quinta e sexta às 21h00, e sábado às 16h30 - mais detalhes aqui).
Confesso que eu não conhecia a Camerata Antíqua de Curitiba, mas, pelo que vi no YouTube (e dada a grande tradição musical daquela cidade), é de se esperar que nos proporcione um belo espetáculo.
Sei o quanto se valoriza a Música naquelas paragens. Numa das poucas oportunidades em que passei por Curitiba, hospedei-me num hotel que dava para os fundos do Teatro Guaíra. Por sorte, havia um concerto da Orquestra Sinfônica do Paraná programado para aquela noite - uma oportunidade que eu não desperdicei. Guardo boas lembranças, também, de um dos lugares mais aprazíveis que eu já visitei na minha vida: o Bosque Alemão. È um lugar muito bonito, cercado (vejam só) por ruas com nomes de compositores clássicos (Schubert, Schumann, Mendelsohn, Richard Strauss, Mozart, Chopin, etc.). Se eu não me engano, foi lá, também, que eu visitei o Oratório Bach, construído em homenagem àquele que foi a "glória do barroco alemão e da Música Universal".
A programação está magnífica. Começa com Bach, de quem será apresentado o moteto “Lobet dem Herrn, alle Heiden”, BWV 230. Há evidências de que fazia parte de uma das muitas cantatas de Bach que continuam perdidas até hoje. Trata-se de um hino de agradecimento a Deus, baseado no texto do Salmo 117, e divide-se em 3 seções: uma animada Fuga com um tema alegre para as 2 primeiras linhas do Salmo, um tema calmo para as 2 seguintes, e o retorno ao mesmo tema alegre no Aleluia do final (fonte: http://www.bach-cantatas.com/VD/BWV230.htm).
Observem que, apesar do "acompanhamento" executado por alguns instrumentos de cordas (como o violino, a viola, etc.), não se pode afirmar que haja propriamente uma orquestração. Isso fica mais claro ao examinarmos a partitura: só há quatro partes escritas (Soprano, Alto, Tenor e Baixo), mas com a indicação de que podem ser executadas ou pelo coral, ou por um quarteto de cordas, ou por ambos. Prestem atenção à violinista, por exemplo: tudo o que ela toca é uma cópia exata do que as sopranos cantam. O mesmo vale para o segundo violino, que reproduz o canto das contraltos, e assim por diante. Os instrumentos, enfim, não acrescentam nenhuma nota nova às já entoadas pelo coral, mas conseguem, assim mesmo, dar a esse moteto uma sonoridade próxima à de obras orquestradas - como as cantatas, por exemplo.
Antes de assistirem ao vídeo abaixo, uma explicação: ele é somente um dos muitos que eu encontrei com esta música no YouTube. Não sei se quem o gravou preferiria estar numa posição mais central do auditório. O fato é que aproveitou muito bem as circunstâncias, conseguindo, inclusive, destacar a atuação dos principais músicos. Foi por esse motivo (e pela qualidade do som, que é o que mais nos interessa) que eu o escolhi.
Ah, e talvez fosse interessante acompanhar a música com a sua PARTITURA.
(veja também: Free Sheet Music Download - DOWNLOAD GRATUITO DE PARTITURAS, uma extensa coleção de links para downloads de partituras gratuitas na Internet)
Mozart Camargo Guarnieri (1907-1993) é provavelmente o segundo compositor brasileiro mais executado no mundo (só perde para Villa-Lobos). Dele, será apresentada a Missa Dilígite. No vídeo abaixo, ouve-se o “Sanctus” dessa Missa:
Gerald Finzi foi um compositor britânico do século XX (1901-1956). É dele esta “In Terra Pax”, que está no concerto:
De Camille Saint-Saens, será apresentado o Oratório de Natal, Op.12:
A Camerata Antiqua de Curitiba e o Coro da OSESP apresentarão obras de Bach, Camargo Guarnieri, Gerald Finzi e Saint-Saens. Haverá três oportunidades para vê-los: dias 2, 3 e 4 de dezembro (quinta e sexta às 21h00, e sábado às 16h30 - mais detalhes aqui).
Confesso que eu não conhecia a Camerata Antíqua de Curitiba, mas, pelo que vi no YouTube (e dada a grande tradição musical daquela cidade), é de se esperar que nos proporcione um belo espetáculo.
Sei o quanto se valoriza a Música naquelas paragens. Numa das poucas oportunidades em que passei por Curitiba, hospedei-me num hotel que dava para os fundos do Teatro Guaíra. Por sorte, havia um concerto da Orquestra Sinfônica do Paraná programado para aquela noite - uma oportunidade que eu não desperdicei. Guardo boas lembranças, também, de um dos lugares mais aprazíveis que eu já visitei na minha vida: o Bosque Alemão. È um lugar muito bonito, cercado (vejam só) por ruas com nomes de compositores clássicos (Schubert, Schumann, Mendelsohn, Richard Strauss, Mozart, Chopin, etc.). Se eu não me engano, foi lá, também, que eu visitei o Oratório Bach, construído em homenagem àquele que foi a "glória do barroco alemão e da Música Universal".
A programação está magnífica. Começa com Bach, de quem será apresentado o moteto “Lobet dem Herrn, alle Heiden”, BWV 230. Há evidências de que fazia parte de uma das muitas cantatas de Bach que continuam perdidas até hoje. Trata-se de um hino de agradecimento a Deus, baseado no texto do Salmo 117, e divide-se em 3 seções: uma animada Fuga com um tema alegre para as 2 primeiras linhas do Salmo, um tema calmo para as 2 seguintes, e o retorno ao mesmo tema alegre no Aleluia do final (fonte: http://www.bach-cantatas.com/VD/BWV230.htm).
Observem que, apesar do "acompanhamento" executado por alguns instrumentos de cordas (como o violino, a viola, etc.), não se pode afirmar que haja propriamente uma orquestração. Isso fica mais claro ao examinarmos a partitura: só há quatro partes escritas (Soprano, Alto, Tenor e Baixo), mas com a indicação de que podem ser executadas ou pelo coral, ou por um quarteto de cordas, ou por ambos. Prestem atenção à violinista, por exemplo: tudo o que ela toca é uma cópia exata do que as sopranos cantam. O mesmo vale para o segundo violino, que reproduz o canto das contraltos, e assim por diante. Os instrumentos, enfim, não acrescentam nenhuma nota nova às já entoadas pelo coral, mas conseguem, assim mesmo, dar a esse moteto uma sonoridade próxima à de obras orquestradas - como as cantatas, por exemplo.
Antes de assistirem ao vídeo abaixo, uma explicação: ele é somente um dos muitos que eu encontrei com esta música no YouTube. Não sei se quem o gravou preferiria estar numa posição mais central do auditório. O fato é que aproveitou muito bem as circunstâncias, conseguindo, inclusive, destacar a atuação dos principais músicos. Foi por esse motivo (e pela qualidade do som, que é o que mais nos interessa) que eu o escolhi.
Ah, e talvez fosse interessante acompanhar a música com a sua PARTITURA.
(veja também: Free Sheet Music Download - DOWNLOAD GRATUITO DE PARTITURAS, uma extensa coleção de links para downloads de partituras gratuitas na Internet)
Mozart Camargo Guarnieri (1907-1993) é provavelmente o segundo compositor brasileiro mais executado no mundo (só perde para Villa-Lobos). Dele, será apresentada a Missa Dilígite. No vídeo abaixo, ouve-se o “Sanctus” dessa Missa:
Gerald Finzi foi um compositor britânico do século XX (1901-1956). É dele esta “In Terra Pax”, que está no concerto:
De Camille Saint-Saens, será apresentado o Oratório de Natal, Op.12:
29 novembro 2010
Tárrega – Partituras para Violão
Trago hoje algumas obras de Francisco Tárrega, compositor espanhol do século XIX, dos mais importantes para o desenvolvimento da técnica e repertório violonísticos (observem na foto o posicionamento de sua mão direita, em ângulo reto - Tárrega foi o introdutor dessa postura).
São três partituras, uma tablatura, três vídeos e duas curiosidades.
Vamos às obras:
Partitura de “Recuerdos de la Alhambra” (parte do violão)
Partitura de “Reverie”, de Schumann (transcrição de Francisco Tárrega para o violão)
Partitura da "Gran Vals"
Sugiro, também, um site com a tablatura de “Recuerdos de la Alhambra”.
(veja também: Free Sheet Music Download - DOWNLOAD GRATUITO DE PARTITURAS, uma extensa coleção de links para downloads de partituras gratuitas na Internet)
Ouçamos duas de suas obras. Primeiro, esta bela execução de Recuerdos de la Alhambra (as imagens foram geradas pelo software Musanim):
A segunda obra é a primeira das duas curiosidades de que falei: trata-se da Gran Vals. É a obra mais conhecida de Tárrega (por conta de um pequeno trechinho dela que ficou conhecido mundo afora como o “Nokia Ringtone”):
Por fim, a segunda curiosidade: no terceiro vídeo (abaixo), temos uma Fuga sobre o Tema da Nokia (que, na realidade, é de Tárrega) - as imagens foram geradas também pelo software Musanim:
São três partituras, uma tablatura, três vídeos e duas curiosidades.
Vamos às obras:
Partitura de “Recuerdos de la Alhambra” (parte do violão)
Partitura de “Reverie”, de Schumann (transcrição de Francisco Tárrega para o violão)
Partitura da "Gran Vals"
Sugiro, também, um site com a tablatura de “Recuerdos de la Alhambra”.
(veja também: Free Sheet Music Download - DOWNLOAD GRATUITO DE PARTITURAS, uma extensa coleção de links para downloads de partituras gratuitas na Internet)
Ouçamos duas de suas obras. Primeiro, esta bela execução de Recuerdos de la Alhambra (as imagens foram geradas pelo software Musanim):
A segunda obra é a primeira das duas curiosidades de que falei: trata-se da Gran Vals. É a obra mais conhecida de Tárrega (por conta de um pequeno trechinho dela que ficou conhecido mundo afora como o “Nokia Ringtone”):
Por fim, a segunda curiosidade: no terceiro vídeo (abaixo), temos uma Fuga sobre o Tema da Nokia (que, na realidade, é de Tárrega) - as imagens foram geradas também pelo software Musanim:
Tributo a Leslie Nielsen (1926-2010)
Morreu ontem, nos EUA, o ator canadense Leslie Nielsen
Nielsen virou celebridade pelas comédias que estrelou a partir de 1980 (Corra que a Polícia Vem Aí, Apertem os Cintos que o Piloto Sumiu, etc.).
Do YouTube, selecionei o vídeo abaixo, com cenas de um dos filmes mais marcantes de sua longa carreira: “The Poseidon Adventure” (O Destino do Poseidon), de 1972. Numa película estrelada por grandes atores, como Gene Hackmann, Ernest Borgnine, Roddy McDowall e Shelley Winters (indicada para o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante e vencedora do Globo de Ouro de Melhor Atriz Coadjuvante), Nielsen interpretou o comandante do navio (Capitão Harrison), e é o primeiro a aparecer no vídeo (aos 0’30’’).
A canção de fundo é uma das mais belas já feitas para o cinema – "The Morning After" (Oscar de Melhor Canção Original, composta por Al Kasha e Joel Hirschhorn, e interpretada por Maureen Mcgovern).
(fonte: g1)
Cifras para "The Morning After"
Letra para "The Morning After"
(Canção Tema do Filme "O Destino do Poseidon")
There's got to be a morning after
If we can hold on thru the night
We have a chance to find the sunshine
Let's keep on looking for the light.
Oh can't you see the morning after?
It's waiting right outside the storm
Why don't we cross the bridge together
And find the place that's safe and warm.
It's not too late, we should be giving
Only with love can we climb
It's not too late, not while we're living
Let's put our hands out in time.
There's got to be a morning after
We're moving closer to the shore
I know we'll be there by tomorrow
And we'll escape the darkness
We won't be searching anymore.
There's got to be a morning after
(There's got to be a morning after)
There's got to be a morning after
(There's got to be a morning after)
There's got to be a morning after
(There's got to be a morning after)
There's got to be a morning after
(There's got to be a morning after)
There's got to be a morning after
(There's got to be a morning after)
There's got to be a morning after
(There's got to be a morning after).
Nielsen virou celebridade pelas comédias que estrelou a partir de 1980 (Corra que a Polícia Vem Aí, Apertem os Cintos que o Piloto Sumiu, etc.).
Do YouTube, selecionei o vídeo abaixo, com cenas de um dos filmes mais marcantes de sua longa carreira: “The Poseidon Adventure” (O Destino do Poseidon), de 1972. Numa película estrelada por grandes atores, como Gene Hackmann, Ernest Borgnine, Roddy McDowall e Shelley Winters (indicada para o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante e vencedora do Globo de Ouro de Melhor Atriz Coadjuvante), Nielsen interpretou o comandante do navio (Capitão Harrison), e é o primeiro a aparecer no vídeo (aos 0’30’’).
A canção de fundo é uma das mais belas já feitas para o cinema – "The Morning After" (Oscar de Melhor Canção Original, composta por Al Kasha e Joel Hirschhorn, e interpretada por Maureen Mcgovern).
(fonte: g1)
Cifras para "The Morning After"
Letra para "The Morning After"
(Canção Tema do Filme "O Destino do Poseidon")
There's got to be a morning after
If we can hold on thru the night
We have a chance to find the sunshine
Let's keep on looking for the light.
Oh can't you see the morning after?
It's waiting right outside the storm
Why don't we cross the bridge together
And find the place that's safe and warm.
It's not too late, we should be giving
Only with love can we climb
It's not too late, not while we're living
Let's put our hands out in time.
There's got to be a morning after
We're moving closer to the shore
I know we'll be there by tomorrow
And we'll escape the darkness
We won't be searching anymore.
There's got to be a morning after
(There's got to be a morning after)
There's got to be a morning after
(There's got to be a morning after)
There's got to be a morning after
(There's got to be a morning after)
There's got to be a morning after
(There's got to be a morning after)
There's got to be a morning after
(There's got to be a morning after)
There's got to be a morning after
(There's got to be a morning after).
27 novembro 2010
Richard Grayson
Já ouviram falar nele? Outro dia, assisti a um vídeo desse pianista (o da foto ao lado, em que aparece alguns anos mais jovem). Nele, Grayson fazia uma brincadeira divertidíssima: alguém da platéia lhe passava um pedaço de papel com o nome de uma música qualquer e o estilo em que ele deveria tocá-la. Grayson lia o papel, sentava-se ao piano, pensava um pouco e... começava a tocar, por exemplo, um “Girl of Ipanema” ao estilo de Beethoven. Divertidíssimo. Da platéia, choviam mais e mais sugestões, cada uma mais esdrúxula que a outra – do tipo “A Cavalgada das Valquírias no estilo de um tango”, ou “La Cucaracha ao estilo de Prokofiev”, e assim vai.
Isso pode parecer um tanto circense, mas Grayson é tão bom no que faz, e o faz com tanta facilidade, que nos incute um amor ainda maior pela Arte da Música. Quando assistimos a uma performance de Gould, de Rubinstein, de Pollini, ou de qualquer outro grande pianista, somos levados a crer que a musicalidade deles não vai muito além da capacidade de ler e memorizar extensas e complexas partituras, e de tocá-las com surpreendente desenvoltura. O que Grayson nos mostra é que o grande músico é muito mais do que isso. Ele é capaz de produzir não somente a música que está escrita, ou que ele memorizou, mas a que toca em seu cérebro naquele momento! Uma vez, falei de uma coisa chamada “ouvido interno”, algo que todo compositor acaba adquirindo com a experiência, e que explica o aparente milagre das obras que Beethoven compôs quando já estava completamente surdo. Pois junte-se essa capacidade de “compor internamente” uma música com a de materializá-la instantaneamente, e teremos um Mozart (já viram aquela famosa cena de “Amadeus” em que ele improvisa sobre um tema de Salieri?).
Abaixo, uma pequena lista de vídeos em que Grayson delicia o público com sua capacidade de parodiar qualquer música em qualquer estilo que lhe for solicitado:
E, se procurarem no YouTube, ainda encontrarão:
. Toque da Nokia (telefone celular) no estilo de uma galliard renascentista
. Singing in the Rain ao estilo de Wagner
. Tema dos Muppets no estilo de uma fuga de Bach
. A Cavalgada das Valquírias no estilo de um tango
. A Nona de Beethoven no estilo de um tango
. La Cucaracha ao estilo de Prokofiev
. A Garota de Ipanema ao estilo de Poulenc
. Take the A Train no estilo da Marcha Fúnebre de Chopin
. etc, etc, etc...
Mas Grayson é, também, compositor dos mais respeitados. Quando não está divertindo uma audiência (e a si próprio), direciona sua inventividade para obras originalíssimas. É o caso da música abaixo, que precisa ser ouvida e vista ao mesmo tempo:
E já que falei sobre paródias, deixe-me sair um pouquinho de Grayson para falar de um outro músico muito famoso: Dudley Moore. Na verdade, ele fez sua fama como comediante, mas é, também, pianista e compositor. No vídeo abaixo, Moore interpreta uma peça bem ao estilo das sonatas de Beethoven, mas usando um conhecido tema do filme "A Ponte Sobre o Rio Kwai". A diferença é que, neste caso, não se trata de improviso. Mas é muito engraçado assim mesmo:
Isso pode parecer um tanto circense, mas Grayson é tão bom no que faz, e o faz com tanta facilidade, que nos incute um amor ainda maior pela Arte da Música. Quando assistimos a uma performance de Gould, de Rubinstein, de Pollini, ou de qualquer outro grande pianista, somos levados a crer que a musicalidade deles não vai muito além da capacidade de ler e memorizar extensas e complexas partituras, e de tocá-las com surpreendente desenvoltura. O que Grayson nos mostra é que o grande músico é muito mais do que isso. Ele é capaz de produzir não somente a música que está escrita, ou que ele memorizou, mas a que toca em seu cérebro naquele momento! Uma vez, falei de uma coisa chamada “ouvido interno”, algo que todo compositor acaba adquirindo com a experiência, e que explica o aparente milagre das obras que Beethoven compôs quando já estava completamente surdo. Pois junte-se essa capacidade de “compor internamente” uma música com a de materializá-la instantaneamente, e teremos um Mozart (já viram aquela famosa cena de “Amadeus” em que ele improvisa sobre um tema de Salieri?).
Abaixo, uma pequena lista de vídeos em que Grayson delicia o público com sua capacidade de parodiar qualquer música em qualquer estilo que lhe for solicitado:
E, se procurarem no YouTube, ainda encontrarão:
. Toque da Nokia (telefone celular) no estilo de uma galliard renascentista
. Singing in the Rain ao estilo de Wagner
. Tema dos Muppets no estilo de uma fuga de Bach
. A Cavalgada das Valquírias no estilo de um tango
. A Nona de Beethoven no estilo de um tango
. La Cucaracha ao estilo de Prokofiev
. A Garota de Ipanema ao estilo de Poulenc
. Take the A Train no estilo da Marcha Fúnebre de Chopin
. etc, etc, etc...
Mas Grayson é, também, compositor dos mais respeitados. Quando não está divertindo uma audiência (e a si próprio), direciona sua inventividade para obras originalíssimas. É o caso da música abaixo, que precisa ser ouvida e vista ao mesmo tempo:
E já que falei sobre paródias, deixe-me sair um pouquinho de Grayson para falar de um outro músico muito famoso: Dudley Moore. Na verdade, ele fez sua fama como comediante, mas é, também, pianista e compositor. No vídeo abaixo, Moore interpreta uma peça bem ao estilo das sonatas de Beethoven, mas usando um conhecido tema do filme "A Ponte Sobre o Rio Kwai". A diferença é que, neste caso, não se trata de improviso. Mas é muito engraçado assim mesmo:
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