19 novembro 2010

Uma Introdução ao Sintetizador Moog

O vídeo no final deste post faz parte de um programa maior sobre a história da música eletrônica da BBC, e é perfeito para se entender como Wendy Carlos produziu seus primeiros álbuns. Mostra-se as operações básicas num sintetizador Moog, e ainda demonstra, de forma bastante sucinta, a sua utilização em conjunto com um gravador multipistas (Carlos, por exemplo, inicialmente utilizou um gravador de 8 pistas).




Obs: a foto acima é da super-máquina responsável pelos sons que ouvimos em álbuns como Switched on Bach.

Para ajudar no entendimento do vídeo, eu incluo, a seguir, a tradução de boa parte da narrativa, ao lado das imagens correspondentes.

Todos os sons instrumentais que estamos ouvindo são eletronicamente produzidos por um único homem num único instrumento musical. Ele se chama Sintetizador Moog. Ele produz sons de uma maneira que normalmente só se conseguiria com o esforço de experts em eletrônica com seus equipamentos complicados e muitos dias de trabalho.

O instrumento é feito de unidades eletrônicas independentes montadas num gabinete compacto. São osciladores (que produzem o som), filtros, amplificadores, e geradores de envoltória, que lhes dão forma. Um som pode ser também iniciado automaticamente. Você não precisa ser um expert em eletrônica para tocar o Moog. Tudo o que você precisa é de um bom ouvido musical, porque você cria o seu som simplesmente plugando nos lugares certos.

Quando você terminar, eles poderão ser executados no teclado.

O som é uma série de vibrações que viajam através do ar para serem interpretadas pelo ouvido. Essas vibrações são geradas eletronicamente por um oscilador. Um que tenha timbre simples e contínuo aparece dessa forma num osciloscópio:



Cada oscilador pode produzir um número ilimitado de timbres. Os sons para um instrumento musical convencional não possuem timbres tão simples, pois possuem numerosos harmônicos.


No Moog, este som é feito simplesmente conectando-se um segundo oscilador ao primeiro, e, então, repete-se o processo até que o novo som tenha um timbre mais encorpado.

Conectando-se vários osciladores, o som ganha uma espécie de qualidade, e qualquer som musical pode ser construído a partir destes componentes básicos. Agora, o som contínuo precisa ser formatado de modo que ele tenha maior musicalidade quando for tocado. Um módulo chamado gerador de envelopes faz isso controlando o modo como um som começa e termina.
Alguns sons musicais são feitos fundamentalmente dos mesmos tipos de vibrações, mas é a formatação da nota quando ela é tocada ...





...que faz a diferença entre o som de um piano e uma flauta.




Quando já está formatado, o som pode ser executado no teclado, que agora controla eletronicamente todos os outros módulos que estão sendo usados para criá-lo.

A extensão do teclado pode ser alterada permitindo-se a execução de notas que nunca foram antes ouvido num piano, onde elas não podem ser produzidas. Sons longos e contínuos podem ser tocados num segundo teclado fazendo-se o dedo correr sobre uma estreita fita metálica. Isto produz voltagens que mudam de forma contínua, que por sua vez produz sons variáveis.





Um comentário:

Carlos Campani disse...

Muito bom que se divulgue a história destes instrumentos maravilhosos que são os sintetizadores. Deixo o link deste blog que fiz com dicas sobre conexão e configuração de sintetizadores, controladores MIDI e software para música: https://sintetizandoemusicando.blogspot.com/